sexta-feira, 7 de março de 2014

O ESPÍRITO ESTÁ PRONTO, MAS A CARNE É FRACA, CÉUS







Lemos os profetas do Antigo Testamento e queremos decifrar a linguagem congelada no tempo transferindo este enfoque para as nossas aflições atuais; desconhecendo que as tribulações fazem parte de um plano de provações que a Providência Divina permite para evoluir espíritos humanos retardatários à perfeição, por isso profetizou Cristo: “no mundo passareis por tribulações... porém tende bom ânimo...” e o apóstolo Paulo complementa: “Porque o Senhor corrige o que ama... Se suportardes a correção Deus vos trata como filhos, porque que filho há a quem o pai não corrija?... Nossos pais humanos nos corrigem e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos eternamente?  (Hebreus 12. 4 a 10)” 

O espírito está pronto, mas a carne é fraca...  Os Apóstolos conviveram diretamente com o Divino Mestre e até após a ressurreição triunfante do Senhor muitos deles ignoravam a verdadeira causa do Evangelho (Lucas 24. 13 a 32). Muitos esperavam que Cristo fosse um líder revolucionário que restabeleceria a ordem social política e religiosa daqueles povos. Até Simão Pedro, considerado no Evangelho a rocha viva da fé, foi repreendido por Jesus quando tentava se interpor aos objetivos divinos do calvário (Mt 16. 21 a 24) e vacilar a ponto de negar a fé por três vezes. E um daqueles que comia do pão com o Senhor, não suportando a ambição e ilusão dos interesses materiais atraiçoa o próprio Mestre por 30 moedas de prata.

O apostolo Paulo, apesar das revelações e desdobramento em espírito à terceira dimensão celestial, reconhecia as fraquezas e lutas interiores consigo mesmo para sublimar as tendências inferiores da carne (II Coríntios 12. 7)

Jesus teve uma vida humana irrepreensível, pura, imaculada...  Mas mesmo assim rejeitou o qualificativo de bom achando que não era justo em se comparando à bondade, justiça e perfeição infinita que verte incessantemente de Deus (Lucas 18. 18 a 19).   

Da manjedoura ao gólgota o Senhor traçou um plano divino de redenção, regeneração e iluminação à consciência humana. Não é somente a expressão de suas palavras que têm o sabor da vida eterna; mas também a força dos seus exemplos edificantes que permanecem como modelo de perfeição varando as eras terrestres.

Nobre de origem celeste, no Céu possuindo as estrelas como trono, e na Terra não tendo uma pedra onde repousar a cabeça. Poderia ter escolhido um berço de ouro para entrar no mundo das formas físicas. Neste caso, como o seu exemplo de humildade iria renovar para o bem, conceitos humanos milenares que massacravam as classes sociais oprimidas?  Dispunha de recursos perante a Providência para ter uma infância tranqüila, isenta de tumultos e desfrutar do convívio dos melhores mestres da Grécia - que representava o berço da cultura antiga; mas não vacilou em enfrentar a perseguição gratuita dos soldados de Herodes que o procuravam incessantemente para matá-lo, abraçando ainda criança o serviço rude de carpinteiro, e com isso demonstrando a todos os povos que o trabalho digno é a melhor escola de educação.

Pelo seu porte elegante, palavra fácil, super inteligência e invulgar personalidade poderia ter escolhido a nobreza imperial para conviver; mas preferiu a companhia da classe desvalida dos pobres e pequeninos na vida social.

Poderia fazer como todos os religiosos extremistas fazem: viver sossegadamente em contemplação e repouso.
Mas preferiu enfrentar o caminho árduo dos testemunhos abraçando a cruz reservada aos piores malfeitores da época, e realizando através da doação de sua própria vida o sacrifício de saber morrer pelo bem de todos.

Ninguém disse o que ele disse, conforme fez e o viveu. Por isso é que Jesus Cristo para todos os povos humanos de todos os séculos terrestres é o caminho, a verdade e a vida – a completa personificação divina do Ser. Quem seguir por essa estrada não andará nas trevas, e nem tampouco jamais morrerá, mas alcançará com toda certeza a luz e a glória da vida suprema em Deus.         

A Bíblia não encerra a palavra absoluta de Deus como analisa o radicalismo de seitas religiosas,
porém é realmente sagrada, porque narra em consecutivos intervalos de séculos sucessivos (2000 anos antes da era cristã a 100 depois do Cristo), fatos históricos de povos humanos primitivos e os seus anseios de integração com as forças celestes da vida. E quando o radicalismo de seita analisa que após os últimos registros do Evangelho por volta dos anos 100 d.C., a Divina Providência se ausentou completamente do desdobrar da evolução planetária deixando a humanidade ao sabor do acaso, menospreza assim a mensagem eterna da palavra de Jesus, descrendo na sua sabedora divina que proclamou: “estarei convosco todos os dias durante a consumação dos séculos nos milênios do porvir”.  Ignorando que o Espírito de verdade o Consolador prometido, é quem está credenciado a continuar o trabalho progressivo de novas revelações, esclarecimentos e consolações aos seguidores da boa nova do espírito em todos os tempos terrestres de realização cristã. 


              A fé só é realmente divina, quando ela pode encarar todas as dúvidas e elucidá-las com a razão em todos os tempos humanos. “Allan Kardec”

              Fé e racionalidade para que a criatura não fique nesse caos de interrogações milenares em relação à vida.  Antes de tudo é bom lembrar que a humanidade não nasceu sabendo, assim é com relação às coisas de natureza material tanto quanto às questões de ordem espiritual, pois toda essa tecnologia que hoje beneficia o bem estar da sociedade moderna é resultado do trabalho de progresso intelectual dos seres no tempo e espaço das gerações sucessivas. E assim como a Providência Divina naturalmente concedeu o desenvolvimento da Ciência com definições e responsabilidades na sua área de atuação, exemplos:

              Física que estuda as propriedades dos corpos, seus fenômenos e leis que os regem;

                Química que estuda as transformações substanciais da matéria, os princípios que regulam essas ações;

                Biologia que estuda os seres vivos e suas relações no meio ambiente;

                Medicina que estuda a cura das enfermidades; e várias outras ciências que descortinam as luzes do conhecimento humano para o melhor.

                Na mesma equidade que rege a evolução da vida social dos seres, Deus concedeu também um sistema de revelação que esclarece os fundamentos essenciais da existência espiritual.  

              Como grande é a bondade suprema do Pai Eterno! Então o Consolador está na sua função ativa de consolar, esclarecer e iluminar os homens sobre seus destinos na vida material terrestre. Os Espíritos do Senhor, que são virtudes dos Céus, qual imenso exército se movimenta no plano extrafísico e abre o livro da natureza anunciando os fundamentos da vida no Universo, reafirmando tudo aquilo que o Senhor Jesus prometera.

             Esclareceu Jesus à mulher samaritana: Deus é Espírito, verdade e vida; e é chegado o tempo de adorá-lo somente em espírito. (João 4. 23 a 24)

             Confirma o Consolador: Deus é um ser imaterial, e suprema inteligência criadora e sustentadora do Cosmo. E a forma mais perfeita do nosso culto ao Pai Celestial é no templo vivo de nossa consciência – sentido-o..., amando-o de verdade na intimidade de nosso ser...  e esforçando-nos em realizar boas ações diante dos homens como forma de edificação e glorificação à vida.  (Mateus  5. 16)

              Anuncia Jesus para as gerações: há muitas moradas na casa do Pai, e que o planeta terrestre exerce a função de estrado diante da criação celeste (João 14. 2)(Mt 5. 34 a 35). 

           Consolida o Consolador: O Espírito Celestial do Pai está presente em todo Universo, que é formado por muitos Mundos que correspondem às diferentes moradas que servem de educandários à evolução dos seres espirituais. A Terra neste contexto desempenha o habitat das almas necessitadas de provas e purificações, é como se fora uma escola de nível primário.

           Determina Jesus ao sacerdote: Não te impressiones de ter revelado: necessário vos é nascer de novo através dos elementos: água e espírito. E se vos falar de coisas terrestres e não crestes! Como crereis se vos falar das coisas celestiais? (João 3. 1 a 12).

           Cientifica o Consolador: as nossas existências materiais não se verificam todas no habitat terrestre, vivemo-las nos diferentes Mundos (planos astrais) como fase de aprendizado até alcançarmos a perfeição plena que nos integre ao plano celeste dos Espíritos puros. As leis naturais que regem cada mundo são diferenciadas nas suas expressões físicas evolutivas, e água na atividade física terrena desempenha a substância básica da matéria prima, assim como o espírito é essência de natureza cósmica.

             Descortina-se a visão do infinito e, Jesus – é o celeste diretor, no plano astral, da evolução material e espiritual da humanidade terrestre,
que veio fundar as bases do reino divino na alma e coração humanos. E fora o missionário da verdade que vivera integralmente até à morte o que ensinara, pois o mundo antigo perdia-se em labirintos de densas trevas religiosas:

               ateísmo crasso; 
             ou paganismo bárbaro;
             politeísmo desmedido;
             ou até mesmo o monoteísmo egocêntrico.

        Guerras, perseguições, escravismos, crueldades, vinganças, barbarismos, assassinatos em massas com o fim de distrair platéias eram costumes religiosos dos povos primitivos que exigiam mudanças profundas em toda a sua estrutura social. Jesus então vivencia a mais pura moral divina: de amor, fé, humildade, esperança, de trabalho, de imortalidade e cidadania celeste que elevará alma terrena ao seio de Deus. 

              “É por isso que Allan Kardec, desejando indicar-nos o guia real da ascensão humana, formulou a questão 625, em o Livro dos Espíritos”, indagando qual o Espírito mais perfeito que Deus concedeu ao mundo para servir de modelo aos homens, e os mensageiros divinos responderam, na síntese inolvidável da codificação Espírita: “J E S U S”  – como a dizer-nos que só JESUS é bastante grande e bastante puro para ser integralmente seguido na Terra, como sendo o nosso Mestre e Senhor.  (Religião dos Espíritos / Chico Xavier)”

            A todos que têm fome e sede de saber as causas da existência, reafirmamos: a ética dos ensinos Espíritas é a mais elevada expressão, atualmente, da revelação consoladora do Espírito de verdade, apesar da zombaria gratuita da maioria das religiões que se proclamam cristãs.

            Mas, só nos resta compreender e perdoar os detratores porque da mesma forma em tempos passados e durante vários séculos, qualquer pessoa que apenas simpatizasse com os ideais de um humilde carpinteiro nazareno que morreu na cruz por ensinar grandes verdades divinas:

           - O amor a Deus sobre todas as coisas, e o amor ao próximo como a si mesmo, os elos principais de integração com a divindade;

           - A fé e a oração - forças renovadoras da alma;

       - O perdão fraterno - uma chave de abertura à misericórdia divina;

           - A humildade - forma de elevação aos planos celestes;

           - A virtude - o passaporte para a felicidade eterna;

         - E a vida imortal do espírito para além das fronteiras dos túmulos. 
    
             Essa pessoa seria discriminada, vilipendiada em seus direitos sociais e entregue às feras para ser esquartejada até à morte e, muitos outros seguidores do evangelho no transcorrer dos séculos foram queimados vivos nas praças públicas, em nome de Deus. Tudo isso simplesmente por ordem daqueles que se diziam os legítimos representantes oficiais da religião.
            
“A espiritualidade cristã através dos Espíritos do Senhor, voz que revive atualmente a grandiosa e sublime tarefa de consolar as almas. Não basta definir-lhe os caracteres de Consolador prometido por Jesus, e sim a excelência de desdobrar uma missão ativa de conscientização espiritual para erradicar o materialismo da religião e o negativismo da ciência, auxiliando a reforma moral do homem dentro das leis divinas que regem o Cosmo, a fim de integrar o planeta terrestre no templo augusto de Deus”.  Por isso não há elo mais autêntico de espiritualidade do que demonstrar estes princípios na própria - Bíblia sagrada, o mais reconhecido livro da antiguidade que comprova os princípios espiritualistas, e é nela que se encontram duas revelações de ordem divinas.

           E a Doutrina dos Espíritos representa por ordem do próprio Cristo, a terceira fase complementar destes ensinamentos: a consolação celestial a todos que amam e buscam a Deus-Espírito, em espírito e verdade.

(Evangelho Segundo Espiritismo/Allan Kardec; No Mundo Maior e Missionários da Luz /Francisco Candido Xavier).


   do livro: C É U S
   autor: Abrahão Ribeiro



Intensivo de Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E

Nenhum comentário:

Postar um comentário