sábado, 30 de novembro de 2013

TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS, CÉUS



                                                                                   

      Materialização em luz, e interação com seres espirituais das dimensões extrafísicas da vida superior
          

Finalmente, uma das maiores de todas as realidades, o entrelaçamento que conjuga as duas naturezas: material e espiritual, se nos apresenta nesta revelação imortalista do Evangelho, o código divino.

Jesus convida os apóstolos perceptíveis e consagrados à sua causa: Pedro, João e Tiago, e se dirigem em particular ao monte Tabor nos arredores de Jerusalém, a fim de buscarem forças através da oração edificante. E no decorrer da vibração da prece:
      Jesus se transfigura em radiante luz; o seu rosto resplandece como o sol no seu fulgor; as suas vestes transmutam-se num foco de intensa luminosidade espiritual revelando a hierarquia divina do Cristo celeste, e a glória da imortalidade que é destinada a todos que se dedicam  e se consagram na obra redentora do Evangelho. E neste sublime momento lhes aparecem duas criaturas plenamente redivivas que fluem das dimensões superiores do cosmo espiritual e se materializam fluidicamente: Moisés que vivera há 13 séculos; e Elias que existira há 9 séculos, e que recentemente desempenhara outra missão na personalidade do Batista (Mateus 17. 1 a 13).

E diante daquela visão luminosa no Tabor, os espíritos benfeitores comunicam acontecimentos que iriam brevemente desenrolar-se na cidade de Jerusalém sob a influência fanática dos sacerdotes do Templo de Jerusalém (seguidores intransigentes do Antigo Testamento das escrituras hebraicas); cobertura corrupta das autoridades políticas; e aplauso ignorante da massa popular, e que fatalmente culminaria com a prisão e morte de Jesus no Gólgota.

         Pedro sem entender que o fenômeno era todo de ordem espiritual sugere a construção material de tendas (Mateus 17. 4). 

 Não foi apenas uma simples visão, e sim uma transcomunicação em glória, segundo o apóstolo Lucas 9. 28-31 que afirma: os quais Moisés e Elias, em corpo espiritual, apareceram e falaram do calvário a cumprir-se na cidade de Jerusalém.


Ao descerem do monte Jesus adverte aos apóstolos para que não contassem a ninguém sobre “visão espiritual”, até o momento adequado em que ele Jesus ressurgisse dos mortos (Mateus 17. 9) -
  - Pois nessa época havia muitas normas rigorosas de religiosos apegados extremamente à lei do Deuteronômio 18. 11, sujeito à penalidade de morte por apedrejamento (Levítico 20. 26-27) * Assim como ainda hoje existem preconceitos nos meios religiosos atuais quando o assunto é interação espiritual entre os vivos da Terra com os redivivos do além. 

Que reflexionem todos aqueles que queiram negar as manifestações espíritas! Tudo é possível para aquele que crê, e complementa o Mestre em João 14. 12-14: obras maiores que essas realizareis...

Quanto ao fato verificado na materialização fluídica do espírito Elias, manifestando-se visivelmente na forma e ubiqüidade da encarnação antiga, e se recentemente vivera a experiência carnal na pessoa humana de João Batista. Pois o próprio Mestre Jesus esclarece que Elias e João Batista são a mesma personalidade (vide Mateus 17. 11-13).

Fenômeno confirmado é que a transfiguração de Jesus ocorre no auge de sua missão terrena, e nesse período Herodes, governador da Judéia, já havia executado a morte de João, por decapitação.

- Por que, então, no monte Tabor, aparece o perfil do espírito Elias, ao invés de João que fora a sua reencarnação mais recente?


Nada de sobrenatural!!! E nem derrogação das causas naturais que regem os dois planos de vida: material e espiritual.  Tudo, enfim, se assenta no poder imensurável da Criação de Deus e na grandeza da vida universal. A Ciência humana atualmente estuda o princípio das mutações físico-químicas de algumas bactérias,
que apesar de ser a menor forma de vida na Natureza, e encara esses estudos de mudança de formas desses micro-organismos de modo natural. Ampliando-se os horizontes da vida, na dimensão espiritual dos espíritos superiores, como é o caso de Elias ou, João Batista, O SER tem a faculdade, liberdade, e poder de se transmutar em uma configuração de veste espiritual de suas vidas passadas, e se apresentar nessa forma perfeitamente normal.    


 O que se alcança no plano das energias materiais realiza-se com muito mais perfeição no reino inteligente do espírito imortal. “A ubiqüidade, a bicorporidade e a transfiguração do Espírito são fenômenos plenamente naturais da existência espiritual (cap. VII, O Livro dos Médiuns, Allan Kardec)”.

As experiências vividas pelo espírito não se perdem no tempo; e sim, ficam armazenadas na subconsciência etérea do Ser, que pode naturalmente pela vontade divina e força elástica da mente extrafísica, reassumir as suas lembranças e formas gravadas no espaço de suas existências, sem prejudicar o todo de suas vestes espirituais – o perispírito. Isso ocorre naturalmente com espíritos de grande evolução já lapidados no fluxo das reencarnações físicas.

Além dessas verdades, a Providência Divina estava reservando à humanidade do futuro, com a gloriosa transfiguração e materialização espiritual - profundas noções de imortalidade da Alma.

                   Moisés simbolizava a justiça  –  o decálogo;

                     Elias representava os profetas do Senhor.

Para Deus não existe o impossível, e para os homens o nada é ignorância de causa e as trevas ausência absoluta de luz. A Terra, na sua imensa trajetória orbital que obedece às leis físicas e espirituais da mecânica celeste, não é apenas uma gigantesca bola a esmo no espaço. E sim, uma grandiosa estrutura de forças vivas delineadas pela Sabedoria de Deus para desenvolvimento dos seres inteligentes que moram na sua superfície material e dimensões etéreas do extrafísico.

A crosta espiritual terrestre, em virtude do nosso mundo ainda pertencer à categoria primária, apresenta ainda o seu aspecto sombrio. Por isso mesmo estamos no dizer do apóstolo Paulo: “cercados por uma nuvem tão grande de testemunhas espirituais. E a nossa luta principal não é somente contra o primitivismo carnal; e sim um conflito constante com as forças espirituais imperfeitas nas regiões celestiais  -   (Efésios 6. 12)”.

Podemos definir as dimensões espirituais do orbe terráqueo da seguinte maneira: astral inferior e astral superior.

                                                                     
Em que sentido se deve entender a vida eterna? (* Questão 153)

A vida do Espírito é que é eterna; a do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, a alma retorna a vida eterna.

      Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante? (* Questão 88)    

        Para vós (da existência material), não; para nós (os espíritos), sim.  O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea.  

Todos os Espíritos irradiam com igual fulgor?   (* Questão  92, item  -  a)

Longe disso. Essa força depende do grau de pureza de cada um.    (* O Livro dos Espíritos – Allan Kardec)


do livro: C É U S
autor: Abrahão Ribeiro

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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

INTERAÇÃO COLETIVA DE SERES ESPIRITUAIS - CÉUS



sobrevivência além-túmulo      
 
Nas Boas Notícias que o Pai Celestial destina à sua criação no plano terrestre através do Evangelho do Cristo, a mensagem da vida triunfante, comprovamos o seguinte no livro do apóstolo Mateus:

“O véu do templo da natureza se rasgou em dois de alto a baixo; tremeu a terra e fenderam-se as pedras; e muitas criaturas de bem que já haviam partido da existência material terrena pelos portais dos túmulos – ressurgem, manifestando-se a várias pessoas na cidade de Jerusalém” - Mateus cap. 27 vers 51 a 53 

Nota: "véu do templo" figura de linguagem para definir que os intercâmbios com os espíritos desencarnados de antepassados são possíveis nos novos tempos da mensagem de Jesus.
                    

Nenhuma mensagem religiosa se reveste de tanta espiritualidade quanto os exemplos que o Evangelho nos proporciona: o despertar dos homens para a vida plena do espírito.
       Ensino de Jesus: Deus não é Senhor da morte, e sim da vida – que é eterna (Mateus 22. 23 a 33); e que não basta ser imortal, é necessário estar eternizado com Deus.

E sendo Jesus o legítimo representante da Divindade Cósmica para todos os filhos da Terra; a sua biografia, da manjedoura ao Gólgota foi um poema de beleza e louvor ao Criador da Vida. Se a humanidade daquela época desconhecia estas verdades, o mesmo não acontecia com a Natureza que dava o seu brado de alarme no momento supremo do calvário, convulsionando forças com os fenômenos físicos: tremor de terra, seguido de forte tempestade... 
      E eis que neste instante, desfaz-se de alto a baixo as camadas de energia que separam os dois planos de existência: material e espiritual; e as Almas virtuosas ressurgem das dimensões extrafísicas do éter celestial, apresentando-se aos contemporâneos com seus corpos espirituais plenamente identificados nos traços e caracteres da época em que viveram no plano carnal e, juntamente com o Cristo redivivo após o domingo da páscoa, e cantam por vários dias o hino da ressurreição vitoriosa, testificando assim a todas as crenças do porvir - a sobrevivência do Ser para além das fronteiras dos túmulos.

O apóstolo Mateus (27. 51 a 53), na sua linguagem simples descreveu esta ocorrência, naturalmente desconhecendo o plano astral do qual aqueles seres espirituais retornavam e também o desenrolar das suas manifestações etéreas, empregou termos comum em uso na época: corpos que dormiam nos túmulos; ou seja, passados para a vida além através do fenômeno morte e, que ressurgiam em suas essências santificadas.

E como muitas catacumbas ficavam cravadas nas pedras, tais as circunstâncias da cidade de Jerusalém cercada de rochas por todos os lados. E com o rompimento dessas rochas pelo efeito daquele tremor de terra, muitas tumbas foram abertas e o apóstolo relacionava as múltiplas aparições dos espíritos desencarnados a este fato, realçando: que após a alvorada da ressurreição do Senhor, todos se manifestam visivelmente chamando a atenção daqueles povos para a realidade divina da vida imortal do espírito.

Fenômeno inteiramente natural nas leis de forças que regem os universos: material e espiritual. Pois a Providência Divina permite a interação visível, sensível ou a até mesmo palpável dos seres espirituais pela condensação molecular do corpo de energia do espírito – o perispírito. Comprovando assim a sobrevivência do ser espiritual após o término da vida material.
                                                                   

Ocupam os Espíritos uma região determinada e circunscrita no espaço?    * Questão  87

          Estão por toda parte. Povoam os espaços infinitos. Tendes muitos deles de contínuo a vosso lado, observando-se e sobre vós atuando, sem o perceberdes, pois que os Espíritos são uma das potências da natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. Nem todos, porém, vão a todas as partes, por isso que há regiões interditas aos menos adiantados.

Que prova podemos ter da individualidade da alma depois da morte?    * Questão 152

Não tendes essa prova nas comunicações que recebeis? Se não fosseis cegos, veríeis; se não fosseis surdos, ouviríeis; pois que muito amiúde uma voz vos fala, reveladora da existência de um ser que está fora de vós.  (*  O Livro dos Espíritos – Allan Kardec)


autor: Abrahão Ribeiro

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

INFLUENCIAÇÃO DOS ESPÍRITOS, CÉUS



                                                              

- os bons inspiram a edificação do bem e do belo;
- os imperfeitos promovem a obsessão e extensão do mal
            -

Jesus e seus discípulos navegaram para o território dos gadarenos, que se localiza ao norte da Galiléia, e quando saiu da barca para terra, saiu-lhe ao encontro, vindo da cidade, um homem que desde muito estava possesso de demônios, e não andava vestido e nem habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros.

E quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo com grande voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes.

Isso porque o Mestre tinha ordenado ao espírito imundo que se afastasse daquele homem, pois havia muito tempo que o arrebatava. E guardavam-no preso com grilhões e cadeias, mas quebrando as prisões, era impelido pelo demônio para os desertos.

E então, perguntou-lhe Jesus: Qual o teu nome? E ele respondeu: Legião; porque estava sob o jugo de muitos demônios. E pediram-lhe que os não mandassem para o abismo.

       E estava ali por perto, pastando no monte, uma vara de muitos porcos; e (os demônios assim) rogaram-lhe: que lhes permitisse entrar naquela manada de porcos; e Jesus então concedeu.

E tendo saído os demônios do homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se de um despenhadeiro lançando-se no lago, e afogou-se.

E aqueles que cuidavam dos porcos, vendo o que acontecera, fugiram, e foram anunciá-lo na cidade e nos campos.

E saíram a ver o que tinha acontecido, e vieram ter com Jesus. Acharam o homem, de quem haviam saído os demônios, vestido, e em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus, e temeram.

E os que tinham visto contaram-lhes também como fora salvo aquele endemoninhado.

E toda a multidão daquela região dos gadarenos e circunvizinhança rogou então a Jesus que se retirasse de suas terras.
                                                                       
 
Desdobrando os exemplos das narrações evangélicas, conforme descreve Lucas 8. 26-39; Compreendemos: Uma concentração nociva de seres espirituais que se movimentavam no plano extrafísico terrestre, e que ainda continuavam arraigados às sensações da esfera humana, permanecendo ligados magneticamente por vibrações obsessoras de intenso ódio à mente daquele homem infeliz: o Gadareno; conduzindo-o inconscientemente a uma vida isolada, improdutiva; considerado pelos contemporâneos como um perturbado das faculdades mentais. Ao aproximar-se Jesus, os espíritos trevosos sentem na atmosfera a presença da divina luz e atuando nas funções psicofísicas do encarnado rogam então a misericórdia da providência celestial do Cristo de Deus:
que não fossem reconduzidos para as regiões abismais do submundo espiritual, queriam permanecer livres na crosta planetária, ainda que fossem haurindo energias inferiores da animalidade irracional”.

Imediatamente após o consentimento do Senhor, afirma o Evangelho: que a vara de porcos desceu a encosta se precipitando no lago. Fato esse que amedrontou os habitantes daquela localidade, que fizeram um pedido formal para que Jesus se retirasse o mais rápido possível da sua região (Lc 8. 37)

O fantástico sempre excitou a mente humana. 

Há mil anos atrás se alguém imaginasse e descrevesse as maravilhas da tecnologia que estava reservada ao futuro da civilização, tais como: a aviação, a telecomunicação, a energia elétrica, - certamente essa pessoa seria considerada um anormal.

Quando Galileu falou que o planeta Terra girava ao redor do Sol, sentiu-se logo pressionado pelo comando da Igreja da época medieval, a renegar as suas idéias sob pena de ser condenado à morte através da fogueira.

E há 2000 anos passados, quando a civilização certamente era menos desenvolvida e as pessoas se impressionavam pelo supersticioso, da mesma forma os religiosos contemporâneos do Cristo encaravam pelo lado do fanatismo as extraordinárias ações do Orientador Celeste, que tinha como principal objetivo libertar as consciências físicas e extrafísicas presas aos grilhões de erros e maldades daquelas criaturas inutilizadas para o plano divino; e sem entenderem os fenômenos de natureza espiritual ficavam temerosos supondo nisso a influência satânica (Lucas 11. 15 a 20), e logo zombavam dos ensinamentos morais rechaçando a presença do Divino Mestre.

Se Jesus, na sua divina sabedoria, permitiu que a legião de Espíritos imperfeitos tenha exercido uma força fluídica resultando uma impressão de susto que impulsionou muitos porcos ladeira abaixo ocasionando o afogamento dos animais nas águas do lago. Lógico que, o Senhor não estava contribuindo com a extensão da maldade daqueles seres perturbados do além; e sim facultando um grandioso material de análise a todas as crenças do futuro. Pois aqueles seres espirituais figurados na linguagem simples da época como demônios (espíritos voltados à prática de ações maldosas), representavam a continuação da humanidade despida dos fluidos carnais e que na dimensão extrafísica do invisível estavam recebendo o seu chamado para o bem, para o amor e a verdade, conscientizando-se assim para a harmonia da vida imortal nos planos celestes da criação de Deus.
   
Correção? Ou, exclusão social?... Percebemos nesse quadro de socorro fraterno que se nos afigura que os demônios são criaturas plenamente sintonizadas às sensações da esfera carnal, com a vida mental em total desequilíbrio, necessitadas de lucidez. E se existem demônios é também porque existem pessoas que violam o livre arbítrio e agem com irracionalidade desajustando o psicofísico, e como os semelhantes se atraem daí a vinculação psíquica.

Diz o provérbio: Mente sã corpo são, uma vez a pessoa liberta dessa influencias más urge elevar-se moralmente na conquista do bem, caso contrario, o demônio andando por lugares desertos sem paz interior pode retornar à sua antiga vítima acrescido de novas forças obsessivas, conforme análise em Mateus 12. 43-45. Por isso Cristo fez as seguintes advertências aos seus seguidores na obra de evangelização dos povos: que evitassem o personalismo da exaltação na assistência a pessoas sob a influência dessas entidades, que fossem simplesmente humildes e caridosos (Lucas 10. 17 a 20)E que nem sempre expelir com vanglória os espíritos impuros realiza a integração com o reino divino (Mateus 7. 21-23 e Lucas 13. 26-27). O essencial é fazer a vontade do Pai, isto é: vivenciar o bem, o amor, a verdade e a justiça para que a luz possa brilhar em glorificação à vida imortal (Mateus 5. 16). 

          Outra observação: há certa categoria de demônios (almas humanas imperfeitas no plano extrafísico) que não deixa sua vitima com facilidade, o vinculo de perseguição é tão complexo em vibrações de ódio com causas em ações pretéritas que para se operar a transformação moral de ambos: perseguido e perseguidor, é necessário por parte do medianeiro que serve de canal para alivio espiritual a consagração lapidada em oração, jejum e muito amor ao próximo, ou seja, o medianeiro tem que estar em perfeita integração com o divino (evangelhos Mateus 17. 14/21 e Marcos 9. 14/29) vide também No Mundo Maior e Libertação, obras de Francisco Candido Xavier.

Quantas coisas maravilhosas durante 3 anos de pregações o Divino Mestre reservou à humanidade para alicerçar a verdade sobre a existência espiritual, ensinando que Deus não é Senhor dos Mortos; mas sim, da vida que é força ativa em toda criação (Lucas 20. 38), e que a morte reflete a estagnação, padecimento, maldade, inconsciência, trevas... É o efeito infeliz das coisas más. E o apóstolo Pedro considerado por Jesus a rocha viva no movimento de evangelismo dos povos primitivos, registrou este trabalho de despertamento consciencial que Cristo, com bondade, realizara com Espíritos desencarnados presos ao astral inferior, e que vagavam rebelados e sofrendo no mal desde o período diluviano, às leis divinas que regem a existência em todo Universo (I Pedro 3. 17 a 20 e I Pedro 4. 6).  Isto porque essas consciências etéreas do além representavam as ovelhas domiciliadas em outro aprisco, e que jaziam perambulando nas sombras da ignorância inutilizadas para o convívio do reino divino, almejando também ouvir a palavra salvadora do Cristo celestial (João 10. 16).

Eis a razão do chamamento do Senhor: “em verdade vos digo, é chegado o tempo em que os mortos ouvirão a voz do filho de Deus e os que a ouvirem viverão... Jesus (João 5. 25)”

 E todos aqueles que agem contra a ordem universal do Criador - que é o bem geral, estão inconscientemente mortos para a vida superior em Deus, embora respirando nos submundos espirituais. No entanto, não permanecem desamparados pela Providência Divina.
                                                                           
Sentido das palavras que criaram a mística sobrenatural nos séculos:

Alma (do latin anima) princípio de vida, princípio espiritual do homem, conjunto de funções psíquicas da consciência, parte imaterial do homem que se concebe sobreviver após a morte orgânica.

Demônio (do grego daimonion, pelo latin demoniu) personificação do mal, pessoa má, ruim, perversa, de maus instintos, nas crenças da antiguidade gênio inspirador (alma ou espírito) com tendências para o mal.

Diabo (do latin diabolu) pessoa má, de mau gênio, raivoso..., daí os derivados: gênio do mal, espírito maligno.

Espírito (do latin spiritu) parte imaterial do ser humano que se admite sobreviver após a morte orgânica, alma, inteligência, anjo...


É possível a um Espírito tomar temporariamente o corpo de uma pessoa, isto é, introduzir-se e obrar em lugar do outro que se acha encarnado neste corpo?      * Questão 473

O Espírito não entra em um corpo como se entra em uma casa, identifica-se com um Espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim de influenciar conjuntamente com ele. Mas, o encarnado é sempre quem atua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, por isso que este terá que permanecer ligado ao seu corpo até ao termo fixado para sua existência material.

Desde que não há possessão propriamente dita, isto é, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, pode a alma ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada ou obsidiada a ponto de a sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada?    * Questão 474

Sem dúvida e são esses os verdadeiros possessos. Mas, é preciso saibas que essa dominação não se efetua nunca sem que aquele que a sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la. Muitos epilépticos ou loucos, que mais necessitavam de médico ao invés de exorcismos, têm sido tomados por possessos. (* O Livro dos Espíritos – Allan Kardec)

“Pode-se, portanto, contar inimigos assim entre os encarnados, como entre os desencarnados. Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações com que tanta gente se vê a braços e que representam um gênero de provações, as quais, como as outras, concorrem para o adiantamento do ser, que, por isso, as deve receber com resignação e como conseqüência da natureza inferior do globo terrestre. Se não houvesse homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao seu derredor. Se, conseguintemente, se deve usar de benevolência com os inimigos encarnados, do mesmo modo se deve proceder com relação aos que se acham desencarnados.

E a melhor fórmula para curar a adversidade dos inimigos espirituais é a palavra do Cristo, que ensinou: Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam; e orai pelos que vos perseguem...  
 
(capítulo XII / Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec*)


do livro: C É U S
autor: Abrahão Ribeiro


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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

TENTAÇÃO, CÉUS



                                                         

           Fome; miséria social; orgulho e vaidade; e ambição do poder (Mateus 3.13 a 17  e Lucas 4.1- 13)


           Os grandes eventos para atingirem o êxito pleno exigem uma fase “pré-inicial” de elaboração. Todos os grandes homens utilizaram esse artifício em suas missões especiais, por exemplo: um astronauta para excursionar no espaço, necessita da quarentena dias em projeções e aprendizagens para o sucesso de sua viagem.

         Jesus também antes de labutar no meio da comunidade programou sua quarentena de dias que utilizou para coordenar idéias edificantes de libertação à consciência humana. No seio virgem da natureza, respirando os ares puros de regiões desertas das colinas da Judéia, período que aproveitou para fazer seus desdobramentos à dimensão espiritual e tentar renovar para o bem legiões de espíritos reclusos no abismo do mal e que permaneciam decaídos moralmente no tempo e espaço evolutivo do plano astral terrestre (vide I Pedro 3. 18. 20 e; I Pedro 4. 6;  Lucas 8. 30-31).

        Esta narração dos Evangelhos: a tentação do Cristo nos revela dois ângulos de vida que se interagem no plano material e, na dimensão espiritual. 

       Universo multidimensional, além da existência terrestre no plano extrafísico, as potestades do bem formadas por corporações de anjos celestiais que são os agentes invisíveis da causa divina na criação universal, responsáveis pelas inspirações que impulsionam o progresso intelectual e moral dos seres humanos ao bem, ao belo, à ciência, à tecnologia, à cultura, à ordem das coisas. E, paralela à vida terrestre: legiões de espíritos imperfeitos que atuam no psiquismo humano influenciando criaturas a permanecerem presos às paixões, vícios, maldades do reino carnal (Lucas 8. 26 a 39 e Lucas 11. 24 - 26). 

               A força do mal parece imperar nos ares da Terra porque o plano terráqueo, ainda não regenerado, pertence à ordem inferior na escala hierárquica celeste (Efésios 6. 12).

          O nível intelectual e moral dos seres gradativamente se aperfeiçoam no curso das eras. Compreenda-se neste contexto que o homem é um espírito revestido dos fluidos carnais, e a vida terrena é um palco de aprendizagem que Deus utiliza para evoluir/educar “espíritos imortais” diante da composição dos céus.   

          Satanás: (do latin satan) que significa adversário, inimigo, aquele que arma ciladas, daí derivou-se no cristianismo o personagem com um sentido espiritual de adversidade na obra divina, ordem dos espíritos mais renitentes no mal. Não foram criados exclusivamente para promoverem o mal e também não representa um poder absoluto na Terra, isso seria negar a Providencia e Justiça de Deus Criador supremo de todos os seres, e que possui ilimitados recursos para corrigir criaturas desorientadas nos caminhos da evolução (hebreus 12. 5-10).
 

           Satã representa o reflexo das almas dos humanos na dimensão extrafísica, com força e inteligência preso aos fluidos magnéticos da matéria do plano terrestre. Estão necessitados de despertar o sentimento para o bem, o amor, a fraternidade, a fim de que a luz divina possa romper os grilhões que os prendem às cadeias de expiações das ações imperfeitas (Judas 1. 6 Novo Testamento) 

         Satanás é, portanto, os filhos maus na criação de Deus transviados do bem. Analisemos esta crônica bíblica transcrita há mais de 8 séculos antes da era cristã: Certo dia em que os filhos de Deus foram convocados a apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles, fazer a sua apresentação perante o Senhor. Então o Senhor disse a Satanás: donde vens? E respondeu Satanás ao Senhor: "de rodear a Terra, e passear por ela" (livro de Jó 2. 1-13 Antigo Testamento)
                                                                 
        Quando encarnados na vida humana esses seres impulsionam as guerras, semeiam ódios, estimulam discórdias, combatem os ideais do bem, desvirtuam a fé, maculam os sentimentos, anulam o progresso, arrasam sociedades, escravizam povos, perturbam lares... O motivo de suas quedas espirituais está muito bem delineado no simbolismo da tentação: fome - miséria social; orgulho e vaidade; e ambição corrupta do poder,... Principais estímulos negativos que mais prejudicam a evolução moral das criaturas para o plano divino (vide advertências dos profetas Isaías e Ezequiel à tirania dos imperadores: assírios, babilônicos, persas, egípcios, gregos e romanos que dominaram com opressão os povos do oriente médio por longos séculos. (Isaías 14. 1-32 e Ezequiel 28. 1-26 e 29. 1-21 Antigo Testamento).
                                                                
          Com Jesus descortina-se uma nova visão da vida: o amor até mesmo aos adversários é regra básica de paz espiritual, a compreensão, o perdão sem restrições, o aperfeiçoamento interior, a vigilância sem cessar, a moralização do ser como consciência imortal.

          E para difundir o programa de salvação moral a seres sofredores, o mestre Jesus estava revestido dos dons espirituais: clarividência, dupla vista, projeção consciente da mente fora do corpo, poder de curar enfermidades físicas e psíquicas, ectoplasma para materialização fluídica dos espíritos, força magnética para consolar as almas oprimidas, fluência verbal, carisma divino para motivar o astral das pessoas. Desde o anúncio do seu nascimento na matéria terrestre à ascensão aos planos celestes, o Mestre está sempre em profunda conexão com as forças invisíveis ao olhar humano. Dado o caráter da sua missão que tinha objetivo de ordem divina: despertar a consciência humana integrando-a no contexto dos céus. A criatura não é simplesmente uma máquina carnal que finaliza sua existência com a morte, e sim um ser espiritual de essência indestrutível eterna, e é esse ser psíquico que a conscientização evangélica transforma. E a maior alegria nos céus é despovoar o inferno (Lucas 15. 3-10) vide: ¨No Mundo Maior¨ cap 17 Francisco Candido Xavier    

          Afirma o Evangelho: Jesus cheio de espiritualidade santa, como seja, consciência livre sem bloqueio nas funções do corpo carnal, possuidor em alto grau da virtude divina que irradia em sua personalidade. Não por acaso, mas sim pela conquista e glória de sua preexistência vivida em eras passadas na obra da criação em outros planos celestiais dispersos nas nuvens das estrelas, muito antes da fundação do planeta Terra diante do Cosmo, conforme registrou o apóstolo João 17. 4-5; e 17.24 - Novo Testamento.

          Jesus impelido pelo Espírito ao deserto, de onde se trasladou para as regiões etéreas do orbe terráqueo, e conferencia com legião de espíritos que imperavam nesse astral obstinados no mal discutindo as ações e reflexos de suas quedas, e tentando com a chama do bem conscientizá-los para o programa de Deus que rege a criação (I Pedro 4. 6). É bem o diálogo entre: a luz que consome as trevas e liberta os oprimidos pelo mal; a vida que vence a morte; o amor que santifica o ódio e a virtude que transforma o mal para o bem.   

          Três pontos fundamentais no desdobramento da tentação são revelações de elevado teor moral: a fome, miséria social que avassala os povos sempre foi um dos piores males da humanidade. Quantas sociedades na historia humana para manterem seus celeiros de alimentação sempre abastados arrasavam civilizações e escravizavam os mais fracos como se fossem animais de cargas. Quantos homens atiram-se desprevenidos somente à cata de mantimentos que lhes faculta a economia farta às vezes até sacrificando o bem de outras pessoas, e quando ocorre o revés na balança dos acontecimentos amaldiçoam o tempo. Clarificando essa tentação Jesus ensina: nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus. A palavra de Deus, quer dizer: a criatura também se alimentar do sentimento divino – o amor a Deus sobre todas as coisas e, em todas as coisas; e amor ao próximo como a si mesmo.
                                                                                              
          A tentação do orgulho e vaidade geralmente conduz as pessoas a uma falsa superioridade diante da sociedade, essas criaturas firmam os seus interesses somente na projeção das grandes alturas do personalismo, das paixões carnais, e esquecem de abençoar o chão que pisa e que um dia guardará seus restos orgânicos, adoram ser reverenciados, homenageados, ser cultuados, idolatrados... Orientando essa tentação o Mestre elucida: não tentarás o Senhor teu Deus. A humildade são asas que elevam a consciência diante da vida superior na criação universal.

          A tentação da ambição do poder ela tem profunda relação com o egoísmo, geralmente arrasta o ser na busca incessante do poder sobre as massas, de posse de riquezas transitórias, um mundo de coisas a seus pés, do palco da fama, de glórias que a traça e a ferrugem corroem. A criatura olvida a finalidade divina da vida e passa a enxergar somente seus interesses próprios como se o mundo fosse criado exclusivamente para si. E para conseguir seu intento a criatura chega a tentar subverter a ordem do bem geral, às vezes enveredando no charco da corrupção moral, e outras sucumbindo no abismo da criminalidade.  
 
          Contra essa tentação o Mestre adverte: retira-te satanás! Porque somente a Deus servirás... O propósito de Deus na criação universal: é o bem para todos os seres independente de pátria, raça, cor, religião... E servir a Deus em espírito, quer dizer: a criatura agir com a consciência pura no bem diante da humanidade inteira (Mateus 5. 16)
        
       Quando alguém for tentado, JAMAIS deverá dizer: “Estou sendo tentado por Deus”. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.

         Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido (Apóstolo Tiago 1. 13 – 14 Novo Testamento)
                                                                                         
    
          Escribas e Fariseus constantemente armavam ciladas contra o plano salvador de Jesus para tentá-lo em alguma ação e quererem assim ridicularizar o evangelho. Mas não lograram êxito em suas intenções más, em virtude da elevada moral do Cristo (Mateus 12. 22-32 e 15. 1-20). Não somente os espíritos transviados do bem, mas também os homens imperfeitos estavam sendo doutrinados pelo Mestre Jesus, para se converterem ao bem, ao amor divino, e à verdade libertadora.

          O objetivo da evangelização é trabalhar a transformação moral da alma humana que vagueia no caos da ignorância das trevas para integrá-la na sociedade dos seres celestiais, que elevará por sua vez a consciência individual do ser, à conscientização divina no macro universal da vida superior.
                                                                                 
         Graças ao Pai que nos deu capacidade para participar da herança dos santos na luz...

          O qual nos libertou do caos das trevas, e nos transportou para o reino e filiação do seu amor...

          O qual é imagem do Deus invisível, o princípio de toda a criação...

          Porque através dele foram criadas todas as coisas que há nos Céus e na Terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades...  

(apóstolo Paulo /  Colossenses   1. 12-16)

             
           Espiritualidade                

Tronos: elevada hierarquia de anjos que agem no infinito

Dominações: designação de diversas classes de seres espirituais

Principados: hostes de seres espirituais que influenciam as pessoas

Potestades: hierarquia de anjos de grande poder

Querubim: anjo da primeira hierarquia

Serafim: anjo da primeira hierarquia

Arcanjo: anjo de ordem superior, o primeiro dentre os anjos

Anjo: (do grego ággelos, pelo latim angelu) Ser espiritual de natureza superior à alma humana que exerce ofício de mensageiro entre a Divindade e a humanidade

Deus: Pai dos seres espirituais (Hebreus 12. 9)

                                                                     
Nota: Jesus consolidou a existência da dimensão angelical, vide: Mateus 18.10; João 1. 51 e várias outras passagens bíblicas



do livro: C É U S
autor: Abrahão Ribeiro



Intensivo de Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E