sexta-feira, 25 de março de 2011

REENCARNAÇÃO, os hebreus acreditavam


           O apóstolo Paulo, visionário dos mistérios espirituais, fixando ensinamentos sobre a grandeza da vida imortal nos planos divinos da criação de Deus e, discernindo a dualidade da natureza do ser humano onde participa primeiramente com o seu corpo terrestre que é composto de carne e sangue como seja, matéria orgânica, e que retrata a imagem do celestial com outro corpo etéreo, invisível e de essência espiritual, afirma: que a carne e o sangue não podem herdar o reino divino (I Coríntios 15, 35 a 50).

 As Mulheres receberam pela ressurreição os seus Mortos, uns foram torturados não aceitando o seu livramento, o resgate para alcançarem uma melhor ressurreição...    Paulo (Hebreus 11, 35 a 40)
        Ressurreição (do latin ressurrectione) Ato ou efeito de ressurgir; vida nova; renovação (Novo Dicionário Aurélio).

        Caso o apóstolo Paulo em a carta aos Hebreus capítulo 11 versículos 35 a 40, estivesse se referindo à ressurreição do Ser para a vida extrafísica nos reinos da natureza celeste, não incluiria a Mulher neste fenômeno orgânico. Pois na transformação transcendental do plano material terrestre para o reino espiritual celeste, a criatura entra da posse gloriosa pela vontade Divina com um corpo imaterial, incorruptível, imutável e despido dos fluidos carnais, segundo o próprio Apóstolo diferencia em I Coríntios capítulo 15 versículo 35 a 50. 

         E na descrição em Hebreus 11. 35, compreendida pelo apóstolo dos gentios esclarecendo que: alguns dos mortos se torturaram, observa-se o reflexo da ansiedade dos espíritos no plano astral quando estão em preparação que antecede o renascimento em nova existência na Terra, que tem como prioridade a ascensão espiritual, sendo necessária a reconciliação com os desafetos da caminhada evolutiva. Sensação indescritível de arrependimento na intimidade do ser, pressentida na visão espírita do profeta Ezequiel à dimensão extrafísica do além, onde as almas lamentam os erros cometidos na vida humana. (Ezequiel 37. 1 - 14)

Analisemos que Paulo na sua epístola aos Hebreus menciona primeiramente uma ressurreição de Mortos por meio de Mulheres ligadas aos mesmos, e que muitas dessas criaturas, os espíritos familiares ficaram angustiados relutando cumprir essa ação na qual havia um objetivo edificante: o resgate de alguma coisa. Propósito este que eleva a Alma a considerar-se digna para alcançar uma outra ressurreição por sua vez superior àquela ressurreição concebida através das Mulheres. Na verdade, no reviver extrafísico do Ser para os planos imateriais do cosmo celestial não há elo físico de matrimônio e procriação, em virtude do Espírito perder a identidade sexual, e segundo o próprio Cristo: participa da natureza dos Anjos (Mateus 22. 23 a 32).

                                E por que a Mulher, então?

A Mulher é a forma geradora pela qual o Ser (espírito) entra no mundo físico, e segundo a Natureza a Mulher tem a sagrada missão de conceber a luz da vida carnal. E os povos Hebreus há muitos séculos antes do Cristo, já acreditavam que os seus mortos, ou seja, os espíritos dos antepassados poderiam retornar à vida material no mesmo tronco familiar, pois Moisés lhes ensinara através da aliança em Êxodo 20.5 e 34.6-7 e Números 14.18: que Deus cobraria irresponsabilidades dos Pais versus Filhos a partir da terceira ou quarta geração daqueles que desrespeitam as causas da vida. 


   Essa iniqüidade era relativa pelos abusos da poligamia dos povos primitivos, e Deus estava condenando essa falta e valorizando a formação da família. Na primeira e segunda geração dos Pais seguem-se os Filhos e Netos, geralmente convivem na mesma época. Entretanto, permanecendo a ingratidão e desafeto familiar além-túmulo era crença comum dos hebreus à iniciação das Escrituras sagradas do antigo testamento, que o Ser (espírito) retornava pelos laços consangüíneos renascendo na vida material num intervalo de até terceira ou quarta geração, nas vestes físicas de um bisneto ou tataraneto para refazer as tarefas morais interrompidas.


  A fim de anular interpretações arbitrárias no tempo, pois algumas ramificações do mosaísmo estavam desvirtuando os ensinamentos supondo que Deus era implacável e injusto, e que inocentes resgatavam as injustiças de outrem, ou seja, a conseqüência do mal tinha um efeito cego e cascata, visto que gerações sucessivamente: primeira, segunda, terceira e até a quarta descendência ficavam sujeitas na íntegra a responderem por iniqüidades de um antepassado faltoso.

 E para comprovar que a responsabilidade é pessoal de cada Ser nos caminhos da vida, clareando a razão e demonstrando que a cobrança não altera o endereço e que os protagonistas do erro é que irão purificar as energias, foi que Deus revelou séculos depois ao profeta Ezequiel, ver no seu livro 18. 1 a 32: “A Alma que pecar, essa mesma morrerá, ou seja, sofrerá os resultados da ação e reação... O Filho não levará a maldade do Pai, nem o Pai levará a maldade do Filho...” Isto é, o efeito do mal não prescreve além-túmulo.
 Assim, é o próprio Ser (espírito), e não outra personalidade qualquer que sofre, purifica as suas próprias faltas diante da vida, em várias etapas das existências físicas se for necessário, reajustando-se perante a sua própria consciência culpada na terceira ou quarta descendência do grupo familiar que se comprometeu.

 Deus, espírito supremo da vida, corrige as suas criaturas educando-as. As aflições, as provações e vicissitudes padecidas no mundo material são reflexos das nossas imperfeições, reparações de faltas cometidas na presente ou em passadas existências.  Aqueles que retardam a sua evolução espiritual por falta do exercício do trabalho, da fraternidade, da prática do amor e da fé, ressurgem desta forma para o aprendizado na vida material onde são submetidos no tempo e espaço das gerações a passarem por novas provações, mas o objetivo é sublime: é alcançar a perfeição espiritual - o livramento, para serem capacitados da ressurreição de natureza superior a desdobrar-se nos planos divinos do reino celeste.  - Paulo (Hebreus 11. 35 a 40 e capítulo 12. 4  a 14)

         Reflexão: Louvemos a sabedoria secular das Escrituras Sagradas que revelam à humanidade visões diversas da ressurreição. Ressurreição na existência carnal, reencarnação na linguagem moderna, onde o ser imortal (espírito) alcança novos níveis de consciência através de renascimentos nos fluidos orgânicos da matéria para evoluir, concluindo o aperfeiçoamento divino. Ezequiel 37. 1/14 (um dos maiores profetas do antigo testamento), descreve para as gerações os mortos retornando em corpos materiais revestidos de ossos, peles, compostos de nervo e carne... E que esse ressurgimento de mortos (antepassados) do povo israelita era de imediato: na vossa terra, no meio ambiente que já vivestes, assim diz o Senhor: disse isto, e o fiz (Ez 37. 14).
          A palavra de Deus imutável não está fantasiando ficção, e sim, revelando princípios estabelecidos na Natureza.
          Seis séculos depois, novos progressos na mentalidade dos povos se ampliam, e ai aparece o apóstolo Paulo revelando às gerações futuras a ressurreição espiritual como elo de vida contínua (I Cor 15. 1/55). Processo natural que transcorre com o espírito ao desencarnar do organismo carnal pela morte material, e o ser espiritual desperto eleva-se aos planos imateriais da vida superior celeste (Hebreus 11. 35).
          Se há corpo animal (carnal), há também corpo espiritual...   E assim como trouxemos (tempo passado) o corpo carnal, assim também traremos (tempo futuro) o corpo celestial (espiritual). Mas, como ressurgirão os mortos? Primeiro, esclarece Paulo, é necessário sofrer o fenômeno da morte para haver ressurreição, e ai ele compara esse fenômeno com aquele que ocorre a um simples grão de semente que morre para nascer em bela árvore. A criatura humana morre desvinculando-se da existência carnal, ressurgindo o espírito no plano imaterial da eternidade.

          E finaliza o apóstolo o seu entendimento sobre essa ressurreição: a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus (I Cor 15. 50). Claro: carne e sangue é matéria orgânica terrestre. E o reino de Deus é de natureza Spiritu, é imaterial, somente se entra nesse reino imaterial das dimensões celestiais com o corpo espiritual, incorruptível, imutável... Corpo revestido de essências divinas.

          A carne fica aqui sepultada na vida terrestre. E o espírito volta ao seio da vida imaterial no reino dos céus da infinita criação de Deus, com esse corpo espiritual (Eclesiastes 12. 6 a 7)

           Sabe por que Paulo analisa assim, essas verdades? Por que Paulo tinha o dom de experiências extras corporais movidas pelo Espírito, vide II Coríntios 12. 1 a 2 (tal qual o profeta Ezequiel que também era capacitado, ver Ez 37. 1 e vários Profetas e Apóstolos).

          E assim os iniciados em arrebatamento, projeção mental, desdobramento espiritual, viagem astral, saída consciente do espírito, do corpo físico. Compreendem as noções que se relacionam ao corpo espiritual. 

            Só se consegue falar o sabor de um fruto quando se prova esse fruto.
         “E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e filhas, profetizarão; os vossos velhos terão sonhos; os vossos jovens terão visões...  profeta Joel 2. 28”

Obs: A Bíblia consultada é da tradução de: João Ferreira de Almeida, Sociedade Bíblica do Brasil; e Pe. Antonio Pereira de Figueiredo  


Abrahão Ribeiro, autor do livro: CÉUS, email:abhceus@gmail.com

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Estudos da REENCARNAÇÃO nas Escrituras sagradas da Bíblia

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