quinta-feira, 17 de março de 2011

REENCARNAÇÃO, o nascer de novo " aspectos da Justiça "

           A reencarnação envolve vários aspectos racionais de Justiça com perfeição, elucidando as desigualdades intelectuais e morais dos seres humanos, e se expressa perfeitamente no comportamento social das pessoas: moral, bom senso, sabedoria, probidade com ética, fraternidade, respeito e caridade. Todas essas virtudes que foram vivenciadas pelo Divino Mestre são reflexos divinos do bem que o espírito humano tem que entesourar de modo relativo em sua estrutura íntima para poder participar, após a morte física, da integração com seres angelicais que convivem nos altos planos da espiritualidade celeste.

          Espírito algum participará ativamente do reino divino, que é o mais alto estado de consciência cósmica, necessitado dos sentidos da virtude, consolidou o Mestre: Há muitas moradas na casa do Pai. Esses planos celestiais de vivência se alcançam com o dever retamente cumprido na existência material na sua mais elevada naturalidade. Ninguém enganará a Ordem e Justiça Divinas. E desta forma finaliza Jesus no sermão da montanha: bem-aventurados os puros de coração, porque eles contemplarão Deus.


          Não se deve daí, deduzir que, aqueles que não complementaram em uma geração o seu programa de ascensão para o plano divino, ficarão inteiramente apartados da unidade maior com a luz divina.       

          Existem novas oportunidades de elevação, de educação às almas necessitadas de despertamento interior. Esses chamados divinos facultam à consciência essa integração superior com o plano celestial. E esse portal se processa através da série de renascimentos do ser por meio das forças elementares água e espírito como ensinou Jesus a Nicodemos, em outros significados, matéria e vida, ou seja: os sentidos da reencarnação que oferece novas provas e provações ao espírito para que ele alcance a plenitude da vida celeste.
           As moradas celestiais correspondem aos diversos níveis de planos de vida para além das fronteiras terráqueas. No qual o mais alto estado de consciência são os planos celestes e divinos onde reina a luz, a sabedoria, o amor, o trabalho pela harmonia do Universo, unidade da criatura com o seu Criador, e felicidade integral do ser.
      
          Primeira dimensão celestial ainda convivem almas com feições e aspectos da vida terrestre. E a partir da segunda dimensão celestial os seres começam a perder as características pessoais da vida humana. Assim sucessivamente. Só para ilustrar estes ensinamentos, não devemos esquecer que o apóstolo Paulo comenta na sua epístola aos II Coríntios capítulo 12, que, certo homem foi arrebatado em espírito ao terceiro céu, onde viu e ouviu palavras inexprimíveis à linguagem humana. Este arrebatamento se caracteriza numa projeção da consciência fora do corpo físico, à terceira dimensão celestial, onde em êxtase divino entreviu aspectos dinâmicos da vida infinita no cosmo espiritual.

          À luz da reencarnação compreenderemos perfeitamente os desvios dos homens em diversos segmentos: da política, da ciência, da filosofia e mesmo da religião, que deveria ser modelo moral para todas as demais culturas. Como vamos entender sem estes princípios de discernimentos coisas que deveriam ser exemplos para outras classes sociais e, no entanto, deixa uma margem de sombra ao longo das suas experiências, exemplificando: A religião sob o comando humano que, a partir do século IV depois do Cristo, agiu de maneira contrária aos ideais evangélicos, direcionando uma postura antagônica às virtudes ensinadas e vivenciadas pelo Mestre Divino, tempo esse que durou mil anos de decadência moral dos verdadeiros princípios que conduzem à vida celestial. Estes desvios estão profetizados na figura de linguagem do Apocalipse, vide advertências às comunidades religiosas que não cumprem moralmente seus compromissos com os ideais cristãos.
                        
          E o que prometia o santo ofício aos fiéis ignorantes da verdade? A aquisição de indulgências para garantir a entrada nos planos celestiais da vida eterna, que era pago em moeda vigente. Esta prática de dogma o sacerdócio romano se espelhou em antigos ensinamentos das escrituras hebraicas do velho testamento em Êxodo 30. 11 a 16: Tomarás o dinheiro das expiações dos filhos de Israel e o darás ao serviço na tenda da congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante do Senhor, para fazer expiação por vossas almas.  Lei moisaca instituída há 1.200 anos antes do Cristo. Jesus reprovou estes costumes, e renovou as atitudes e sentimentos pelo perdão e reconciliação com os inimigos (Mateus 5.43 a 45)

          Entenda-se que não foi somente o santo ofício que descaminhou, na idade média, do roteiro de virtudes que conduz as almas às harmonias da vida celestial. Mas também a multidão de fiéis viu-se prejudicada de exemplos edificantes e estimuladores ao progresso intelectual e moral. No princípio do cristianismo, do século I ao século III da era cristã acontecia o inverso: quem professasse a fé cristã era caçado em seus direitos sociais.

          Sem o princípio das vidas sucessivas, ou seja: do passado espiritual regressivo, abalizado na preexistência da alma, e que está fundamentado na reencarnação, carece de sentido os sofrimentos cruciais porque passaram os pioneiros da evangelização nos tempos primitivos, do século I ao século IV da era cristã.

          Muitas das vezes os compromissos não correspondidos devidamente no curso de uma existência são efeitos de sentimentos alheios às nossas forças. Sem o princípio da reencarnação as almas que vivenciaram essas experiências desarmônicas de ser proativa a perseguir outras pessoas por não se ajustarem nos mesmos ideais de crenças, e que por longos séculos representava a classe dominante de culturas vivenciadas pelas sociedades primitivas, essas almas estariam completamente perdidas no caos das trevas exteriores.

          Como vamos entender sem o elo da reencarnação este comentário de Jesus: Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundancia; mas aquele que não tem, até aquilo que pensa que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem e nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaias, que diz: ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam  seus olhos, para que  não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure (Mateus 13. 12 a 15)

          À luz da reencarnação vamos apreender que os homens são almas encarnadas, ou seja, envergando temporariamente um corpo de energias condensadas no plano físico terrestre. E o que está endurecido bloqueando os sentidos de elevação da razão e do sentimento, é a sua própria natureza inferior, que não foi lapidada no curso das aprendizagens benfeitoras. Por isso é que Deus, o Criador, deixa crescer o joio e o trigo juntos na obra de evolução de nossas almas para o plano divino.  Às vezes pessoas sem nenhum sentimento de crença religiosa demonstram exemplos dignos de conduta, que refletem inconscientemente a atitude cristã.

          Sem a conscientização da reencarnação certas passagens bíblicas ficariam sem as razões racionais da lógica e justiça com equidade. Como iríamos perceber uma pessoa do porte de João Batista sendo testemunhado pelo imparcialíssimo Jesus que esclareceu a respeito do mesmo: dos nascidos de mulher, não apareceu até aquele momento ninguém maior que João (Mateus 11. 9 a 11). E se alguém que tivesse ouvidos para entender, e quisesse reconhecer toda a grandeza daquela alma elevada, ele João Batista, era o mesmo Elias que havia retornado ao plano carnal terrestre para cumprir outra missão, como estava previsto pelo profeta (Malaquias 3. 1 a 2 E cap. 4. 5). E confirmado na voz do anjo Gabriel, de conformidade com a visão espiritual ao futuro genitor de João, vide (Lucas 1.  5 a 24). Eis o que descreve no Evangelho: Porque será grande diante do Senhor... E será cheio do Espírito Santo já desde o ventre de sua mãe.
          Por que TODOS não nascem JÁ do berço perfeitos na moral, na virtude, no saber, na saúde?
          Por que uns nascem sábios, e outros bloqueados na inteligência? Por que uns tem ALMAS cheias de virtudes desde o berço? E OUTROS com instintos perversos, psicopatas, mentalidade bruta?
          Somente a reencarnação da Alma explica as desigualdades intelectuais e morais dos seres inteligentes criados, à luz do amor de Deus e sua Justiça perfeita e sábia.
          A Alma não criada no momento do desenvolvimento do embrião, caso fosse, seria um caos a Justiça Divina fazendo uns cheios de virtudes e outros cheios de maleficências.

          E agora, João na idade adulta, a palavra de Jesus aprova as verdades esclarecedoras das missões das vidas sucessivas, sancionando fisicamente que o profeta Elias retornara ao plano terrestre, em outra geração, através de outra encarnação. E os homens não o reconheceram. Claro! Nem todos buscam conhecer com discernimento para perceber as verdades espirituais metafísicas. Tem que se ter ouvidos para entender os mistérios profundos da existência (Vide Mateus 11. 1 a 15  E  17. 10 a 13).
     
          Se João não fosse a reencarnação de Elias, seria um caos a Justiça Divina que preside com perfeição os destinos dos seres racionais. Como iríamos apreender, com lógica, João já ser predestinado às grandes missões iluminadoras desde o ventre materno (Lucas 1. 15). Enquanto outras pessoas, como é o caso do paralitico de Betesda (João 5. 1 a 14), ser fadado a uma existência longa de 38 anos de sofrimento, impossibilitado dos movimentos básicos do existir.

          Nada é por acaso. Os seres é que conquistam através de suas próprias obras os seus destinos felizes, ou infelizes, no curso das existências físicas (Gálatas 6. 7 a 9). E segundo Jesus: os que tiverem feito o bem para a ressurreição da vida, e os que praticaram o mal para a ressurreição da condenação (João 5. 29), isto é, a conseqüência das expiações regeneradoras.


               “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes (I Coríntios 1. 27)”
   
          Aparentemente, a reencarnação causa espanto em muitos teólogos, padres, pastores, e evangélicos extremistas. E nem mesmo Jesus com sua sabedoria celestial conseguiu fazer-se entendido completamente diante de um doutor membro do grande Templo de Jerusalém, que estupefato perguntou: como a criatura poderia voltar e nascer de novo através de um ventre de mulher (vide João 3. 4). O que para os homens parece impossível, por ignorarem o Poder imensurável da Criação infinita de Deus, nada mais é que uma maravilhosa lei da natureza que vige em todos os planos da criação, e que dá seguimento natural à ordem e justiça de Deus, presidindo equitativamente os ascendentes morais e intelectuais dos seres no transcorrer da evolução. Sendo assim nada é por casualidade – a cada um segundo suas próprias obras e necessidades evolutivas.

          Ter consciência dessa lei da Natureza de essência cósmica que vigora em todos os mundos, e que vitaliza todos os planos da Criação, não torna a pessoa melhor que aquela que não acredita, apenas esclarece as razões para muitas coisas incompreendidas nas nossas provações.

          A Bíblia como um livro luz tem o ensinamento da reencarnação, velado pela letra. Mas como disse Jesus a respeito das revelações nas Escrituras: têm que se ter olhos para ver, e ouvidos para entender.

          A reencarnação é, portanto, um renascimento do ser espiritual nos fluidos carnais. Às vezes a reencarnação está figurada na ressurreição carnal, como seja re-en-car-nar, voltar em outra existência material para resgatar, ou se aperfeiçoar moral e intelectual, ou mesmo para cumprir uma missão nos variados campos do pensamento humano: filosófico, religioso, político e mesmo científico.    

Obras para estudo:
Bíblia sagrada, edição João Ferreira de Almeida, e Antonio Figueiredo;
Livro CÉUS: Autor: Abrahão Ribeiro

 

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