domingo, 8 de dezembro de 2013

O PROGRESSO DA RAZÃO, CÉUS


                                                                     

“Todo ser humano tem direito à vida, à moradia, ao trabalho, à educação e é livre para expressar a sua crença religiosa”


Engana-se quem pensa que o código prescrito acima tem manifestado a base de relacionamento social de toda humanidade durante a extensão de sua jornada milenar. Pois esta declaração é recente, e constitui o marco inicial dos Direitos Humanos quando foi promulgada pela Organização das Nações Unidas, após a segunda guerra mundial.

As leis sociais se modificam ao longo da evolução dos povos humanos, o que se acha correto numa determinada era, noutra já é ultrapassado. Neste contexto se enquadram os costumes ético-morais, o uso da linguagem articulada, e as idéias religiosas.

Moisés, almejando uma sociedade mais civilizada para os hebreus, editou normas que se encontram grafadas nos cinco primeiros livros que iniciam as páginas da Bíblia, exemplos:


- Mas, se o animal que dantes era agressivo atacando a alguém com violência, e o seu dono foi conhecedor disso e não o guardou, o animal será apedrejado até à morte, e também o seu dono morrerá com ele (Êxodo 21. 28/29);

  - Quem trabalhar no sábado será condenado à morte (Êxodo 35. 2). - Então toda congregação, fora do arraial, apedrejou até à morte o homem que juntara lenha no sábado (Números 15. 36);
        
   - Os filhos viciosos e desobedientes aos seus pais devem ser apedrejados até a morte (Deuteronômio 21. 18 a 21).
                                             
                                                      
       Cristo chegou treze séculos depois e considerou essas regras impróprias para a sociedade de então.  “Ouvistes o que foi dito aos antigos: olho por olho, dente por dente... Amarás o teu amigo e aborrecerás o teu inimigo. Eu porém vos digo, completou o Senhor: amai até mesmo os vossos inimigos, e fazei o bem aos que vos queiram mal, para que vos torneis filho de vosso Pai que está nos Céus.”

Na verdade, de todo o Pentateuco somente os dez mandamentos revelados pela Providência Divina no monte Sinai a Moisés, e sintetizados por Cristo no “amor a Deus sobre todas as coisas, e no amor ao próximo como a si mesmo”, constituem reflexo das leis imutáveis que regulam a criação universal, por isso mesmo são de ordens celestes e continuam atualizados até o dia de hoje. Se quisermos ter consciência se um ensinamento no Antigo Testamento bíblico depende do sentimento de amor a Deus e, amor ao próximo; então o coloquemos frente a frente à razão destes dois mandamentos entrelaçados e saberemos discernir com Jesus, se esse ensinamento é realmente divino; ou, norma religiosa humana.
                                                                       
Assim, existem leis sociais e princípios religiosos que são coisas dos humanos; e que se aperfeiçoam à medida que a humanidade progride intelectualmente. E existem também as leis e princípios espirituais estabelecidos pelo Criador Celestial de todas as coisas e que regulamentam a existência no Cosmo - portanto, leis imutáveis da natureza universal.

Dentro destes princípios da Criação, vige a evolução da matéria e do espírito: “nascer, morrer e renascer de forma diferente nos diversos globos siderais até a perfeição intelectual e moral máxima para que a consciência espiritual integre naturalmente a coletividade do Reino Celestial”. Pois num todo dentro do Universo só existe a vida, e a vida exuberante nas naturezas: material e espiritual.

Na natureza material que engloba os mundos materiais figura o nosso planeta que serve como uma das bases essenciais de educandários na forma humana para os espíritos que alcançaram a razão humana. A casuística do dogma que se ouve em muitas crenças, como sendo: “a morte do espírito e a sua consequência final de precipitação no inferno espiritual”; na lógica da espiritualidade vivificante, significa: a criatura desprezar os princípios que norteiam a sua evolução para o Criador, contraindo com isso pesados reajustes no tempo e espaço de sua existência imortalista.      

Mas as grandes verdades levam séculos para se fixarem na alma popular. 
                                                
Os Profetas foram porta-vozes de grandes revelações para que os povos do oriente tomassem novas posturas religiosas, e todos foram trucidados às portas de Jerusalém.
      Até mesmo os ensinamentos salvadores que o Cristo de Deus trouxe afim de que a humanidade terrena participasse do concerto celestial, somente após longos séculos de luta e sofrimento, é que foram pouco a pouco crescendo e reformando os costumes bárbaros das crenças primitivas. Por isso o Evangelho de Jesus representa para toda a humanidade: as Boas Notícias de princípios espirituais que o Pai Celestial destina à sua criação no plano terrestre.

A verdadeira existência, radiante de felicidade, não se encontra nos planos limitados da vida material terrestre...
   e sim nas dimensões superiores e infinitas do universo espiritual.

A Terra, na sua imensa trajetória celeste que obedece às leis físicas e espirituais da vida, representa para todos os Seres que alcançaram a escala da razão:

- Uma casa de aprendizado para os que desenvolvem atividades edificantes em favor da própria renovação;

- Ou, um hospital para os que corrigem desajustes vinculados à viciações passadas;

- Ou, uma prisão e expiação dolorosa para os que resgatam débitos relacionados com males praticados em existências anteriores;

- Ou, até mesmo uma escola de bênçãos para os que compreendem que a vida não é força de um acaso biológico e nem a existência humana simples jornada de recreio.  (Destinação da Terra – Causas das misérias humanas / Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec)

         Compreensível, pois, que nos preparemos usando todos os valores no bem para o nosso crescimento espiritual para o Reino dos Céus.
                                                                                           
           Repetimos: a existência material humana não representa a plenitude da vida universal, mas é necessária ao progresso imortal do espírito.


do livro: C É U S
autor: Abrahão Ribeiro


Intensivo de Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E





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