domingo, 5 de janeiro de 2014

O NASCER DE NOVO - A REENCARNAÇÃO, CÉUS

                                                                                     
 “Não te maravilhes de ter dito: necessário vos é nascer de novo...   (João  3. 7)”

Jesus está revelando uma lei natural e por isso mesmo divina porque rege a existência dos seres humanos ou, apenas endossando rituais e dogmas religiosos?

Caso Jesus esteja endossando os rituais e dogmas religiosos com a instituição do batismo nas águas, sacramento este que o sacerdócio romano a partir do século V (depois do Cristo), interpretou como sendo o novo nascimento ensinado pelo Mestre e que estabelece o passaporte para o reino divino; ou, mesmo uma interpretação abstrata pela mudança de atitude às conversões em crenças e Igrejas que surgiram depois da reforma protestante, a partir do século XVI.

Então por que Deus concede o livre arbítrio? E permite que a maior parte 99,99% da humanidade envereda desconhecendo a fórmula de rituais que a faria feliz para sempre no Reino de Deus? Em contrapartida deixando à mercê do acaso para lançar essa mesma quantidade no sofrimento eterno do inferno? (O inferno eterno é um dogma propagado nas Igrejas com as reformas religiosas para intimidar as heresias)
                                                

Assim, então, estes dogmas estão sendo promulgados tarde demais à vida social terrestre, em virtude dos povos humanos existirem há dezenas de milhares de anos antes da passagem do Cristo. E, por conseguinte, milhares e milhares de almas estariam privadas dessa graça divina e sem condições de entrarem definitivamente no reino de Deus. Tudo, simplesmente, pelo fato de não terem sido batizadas religiosamente. E com isso o Criador estaria discriminando a sua própria criação e subjugando as criaturas ao caos do acaso desumano, em virtude do próprio sacerdócio que organiza as Igrejas, ser uma instituição humana, e como tudo que é humano não tem a perfeição absoluta. E ao longo dos séculos – do V ao XIX as comunidades religiosas passaram a maior parte do tempo lutando entre si (até mesmo de forma sangrenta) pela soberania e projeção econômica, esquecendo os princípios fundamentais do Evangelho: amor incondicional, perdão aos adversários, compreensão com todos, trabalhar pelo bem da humanidade e, conscientização para integrar-se à imortalidade plena.
                                     

Logo, se Jesus está revelando com o nascer de novo uma lei da natureza, é que ela existe desde os primórdios da vida universal e não estaria vinculada a nenhuma falível administração humana, por isso é que o Mestre não fundou seita religiosa; e sim, vivenciou princípios morais legados em uma Doutrina com base na fraternidade, demonstrando que Deus é Pai Celestial e a integração com o seu reino são de natureza plena do espírito (João 4.23-24). E conforme analisa o Evangelho afirmando que Cristo publicou os mistérios ocultos desde a fundação do mundo (Mateus 13. 34-35), isto é, sancionou ao conhecimento dos povos da Terra princípios da Criação que estruturam a vida dos seres no complexo da evolução para a eternidade, onde os seres humanos independentemente de raça, cor e religião, todos sem exceção alguma, estariam sim, sob o influxo de causas e princípios naturais – a ordem da vida contínua e sucessiva que rege com justiça e equidade a própria engrenagem da vida.
                                                      

E desta forma, determinar à criatura, a necessidade de renascer de novo através da água e do espírito, isto é, uma síntese dos quatros elementos primitivos: água, ar, terra e fogo como eram compreendidos por diversas crenças orientais há séculos antes da era cristã.

Água e ar (atmosfera) possuem praticamente o mesmo composto básico da matéria prima que é substancial à interação química da existência no elemento terra, resumo final da matéria orgânica; fogo é energia, energia é luz, luz é vida, a representação objetiva do espírito. 

Esta é a simplificação para o conhecimento popular das causas que agem ocultamente com sabedoria e imparcialidade no seio da Criação de Deus e que movimenta o ciclo dos nascimentos sucessivos dos seres por meio dos elementos essenciais que conjugam a natureza – água e espírito, ou seja, matéria e vida. Portanto, é o mesmo princípio da reencarnação do espírito nos fluidos orgânicos da carne. Ensinamento dos tempos modernos que prioriza a ordem natural necessária das diversas existências físicas no plano material, e que proporciona à consciência espiritual (foco imortal do ser) o mecanismo de crescimento interno para a vida superior celeste – o estado divino de espírito na consciência do ser.
                                    

       A Natureza é de natureza cósmica e é regida por reinos: reino mineral, reino vegetal, reino animal, reino hominal, reino espiritual, reino angelical e reino divino – o mais elevado nível de consciência celestial.

Para se vivenciar neste complexo de evolução cósmica o princípio inteligente sofre os nascimentos dentro da natureza dos reinos... Por exemplo: a consciência espiritual encarna no reino humano e, para adentrar o reino espiritual sofre primeiramente a morte natural das funções orgânicas no reino humano, e assim a consciência entra no plano imaterial - dimensão extrafísica. Mas, para essa consciência espiritual integrar o reino angelical é necessário sofrer um renascimento, ou reencarnação de natureza superior para adentrar no reino angelical. Por isso é que, quando Jesus falou da grandeza espiritual de João Batista enaltecendo a sua natureza humana, naquela época,dos nascidos de mulher (reino humano) não apareceu ninguém maior que João Batista. Mas o menor no Reino dos Céus é maior que ele, e se o quereis reconhece-lo, ele é o Elias que estava predestinado a voltar conforme a profecia no Antigo Testamento” (Mateus 11. 1-15). Elias naquela reencarnação na qual se chamou João Batista sofreu um renascimento de natureza superior para integrar o reino angelical, após a morte corporal da sua personalidade humana quando encarnada como João.

E o anjo Gabriel testemunhando o momento do renascimento de Elias, na época do Cristo, ou seja, a sua reencarnação no reino humano na qual se chamou João Batista... também realçou à Zacarias - genitor de João: "porque será grande diante do Senhor... e será cheio do Espírito santo JÁ desde o ventre materno (Lucas 1. 13-17)”
                                                                       
     O Próprio Jesus espirito de puríssima ordem divina no Reino Celestial do Pai Criador, para vir ao reino humano e nascer como Filho do homem deixou temporariamente o seu plano celestial e nasceu aqui no planeta Terra como participante interativamente do reino humano, senão o Cristo não se qualificaria como “Filho do homem”. Vejamos o que Jesus falou de si mesmo: “sai do Pai e vim ao mundo, outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai” (João 16. 28)



do livro: C É U S
autor: Abrahão Ribeiro


Intensivo de Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E




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