Profetiza ao Espírito, ó Filho do Homem, e diz ao Espírito: assim diz o Senhor
Deus, vem dos
quatro ventos, e assopra sobre estes MORTOS para que vivam (Ezequiel
37. 9);
E olhei e eis que
vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima.... ( Eles quem? Os espíritos das pessoas que viveram na Terra, e que padeciam no plano metafísico dos mortos)
E vos farei sair do além-túmulo e vos trarei à
existência terrestre... E porei em vós o meu
Espírito e vivereis, e vos porei na
vossa terra, e sabereis que eu sou o Senhor (Ezequiel 37. 14 Bíblia sagrada)
(Ezequiel 37. 1 a 14 "a visão de um vale de ossos secos" ) profeta Ezequiel século
VI antes do Cristo
O
principio dos diversos ciclos
existenciais do Espírito nos fluidos carnais do mundo terrestre
para cumprir a perfeição intelectual e moral - a reencarnação, fazia
parte dos ensinamentos e crenças do povo hebreu sob o nome de ressurreição
carnal,
isto é, a volta do Ser (Espírito) às atividades da vida material em outras gerações, conforme o mandado
divino ao Profeta Ezequiel que fora arrebatado em espírito (projeção
mental)
e contemplara na erraticidade o
vale dos mortos – sheol
na linguagem hebraica, ou seja,
dimensão espiritual onde permanecem as
almas desencarnadas que não conseguiram transpor os degraus do infinito celeste
porque estão presas ainda aos liames do mundo terrestre, e se auto-martirizam pensando
que estão cortadas do contexto da vida celestial, por isso elas ficam temerosas quanto ao futuro que lhes está reservado (Ezequiel
37. 11 “nossos ossos secaram nos túmulos,
e pereceu a nossa esperança”).
Seres
espirituais que trespassaram há muito tempo os seus restos mortais além-túmulo,
e que estavam sem esperanças na eternidade porque haviam fracassado em suas
provações humanas, e em situação de
sofrimentos indefiníveis consideravam-se apartados do contexto celestial, tal
qual aquele homem rico que após a sua morte física, a sua alma clamava
arrependido do seu estado penoso no além, vide ensinamento de Jesus descrito no evangelho narrado por Lucas
16. 19 a 31.
E
recebendo um novo chamado de Deus através dos quatro
ventos que são os elementos da natureza cósmica, segundo os
sábios da Antigüidade, assim representados pelas forças elementares: água,
ar, terra e fogo.
água = substancia essencial que gera a vida
animal;
ar =
oxigênio, atmosfera também fórmula aquosa;
terra = elemento químico estrutural dos
corpos;
fogo
= energia, vida,
espírito;
A fim de revestirem-se
novamente em outras gerações das fibras carnais,
ossos, nervos sanguíneos, carne e pele... E habitarem a Terra
seguindo o ciclo natural da evolução espiritual para trabalharem a reabilitação
futura (Ezequiel 37. 6 -9).
Partindo
desta revelação, os hebreus
acreditavam que até os Profetas do
Senhor poderiam reviver na existência material, em outra época, em outro
corpo carnal para desempenhar qualquer missão instrutiva, ver Mateus 16. 13 a
16 onde descreve Cristo preocupado com a opinião pública, pois muitos o tinham
como sendo a reencarnação de Jeremias
(profeta que vivera há mais de 5 séculos passados anterior à vinda do Cristo); ou outro qualquer dos profetas do Antigo Testamento conforme Lucas 9. 18 a 22 (período bíblico
decorrido 10 séculos anterior a era cristã).
Vejamos esta outra passagem: O rei
Herodes estava apreensivo com a prisão de João Batista, e temia uma reação
popular, pois era comentário geral: que João era a ressurreição carnal isto é, a reencarnação de um dos profetas do
passado hebraico, ou seja, antiguidade antes da era cristã que compreende 1000
anos antes do Cristo, por isso ele o Batista era possuidor de grande personalidade e
estava realizando muitos fenômenos (Mateus 14. 1 a 5) (Lucas 9. 7 a 9).
Assim também, nos tempos apostólicos,
os judeus descendentes dos hebreus chamavam de ressurreição carnal, ou ressurgir
nos fluidos da vida carnal terrestre, do verbo ressuscitar derivado do latin
resurgere (*). Uma das múltiplas formas de entender a Ressurreição,
o espírito retornar do além pelas vias do renascimento na vida material em
futuras gerações, o que nos tempos modernos se diz reencarnar ou, simplesmente reencarnação.
(*) Obs: latin, idioma indo-europeu
do grupo itálico falado em todo Império Romano, cuja existência esta
documentada desde século VII antes da era cristã. O Império Romano escravizou
todo oriente médio por longos séculos.
A revelação de Deus ao profeta
Ezequiel, quando em visão espiritual
contempla o desdobrar do submundo invisível, onde Almas desencarnadas lamentam
os erros de suas encarnações humanas no seio israelita e são chamadas pelo
Poder Divino através das gerações para novas
reencarnações terrenas, é a compreensão racional
dos ensinamentos estabelecidos nas seguintes passagens bíblicas:
1) Divina
misericórdia que tem poderes para sancionar a regeneração dos erros das
criaturas em seus grupos consanguíneos a partir da terceira ou, quarta gerações
futuras, vide Êxodo 20. 5 e Números 14. 18 na Bíblia sagrada.
2) Justiça
com equidade, isto é, não há desvio de cobrança na contabilidade divina: a
própria Alma que errar essa mesma sofrerá as conseqüências de causa e efeito
Ezequiel 18. 1 a 32, retornando em novas provações num prazo a partir da
terceira ou quarta gerações sucessivas.
3) E
conforme o apóstolo Paulo esclareceu séculos mais tarde os princípios da ressurreição,
vide livro de Hebreus 11. 35: que as mulheres hebréias concebiam a ressurreição via carne, ou seja, a reencarnação nos
fluidos da vida humana para a passagem de ligação às almas dos seus
antepassados (aqueles que regressavam do plano metafísico dos mortos onde
muitos sem esperanças sofriam, vide livro do profeta Ezequiel cap 37).
Eis a razão da tortura moral ou
angústia psicológica das almas confirmada nessa passagem notificada no livro de Hebreus 11. 35, até
cumprir o livramento para elas (as almas) alcançarem uma nova etapa de progresso no curso
incessante do aperfeiçoamento, que desperta a ressurreição plena e divina para a vida superior
celeste.
As
orientações bíblicas: Ezequiel 37. 1-14 e Hebreus 11. 35 na Bíblia sagrada são
melhores compreendidas com as narrações espíritas. As almas no plano extrafísico
amparadas pelos agentes da Providencia Divina, vivendo o período que antecede a
sua volta ao plano físico carnal para um novo nascimento que lhes faculta meios
de nova aprendizagem a fim de evoluir no aspecto intelectual e moral, é ciente que algumas
entram em estado momentâneo de abatimento psicológico e relutam com as
provações a serem submetidas, porque analisam toda a sua história
preexistencial após adentrar os clichês mentais da subconsciência espiritual,
onde vêem os erros que devem corrigir para crescerem interiormente. Tudo isso é
algo que beneficia a ascensão do ser para o macro plano de Deus da vida eterna
e venturosa nos Mundos divinos.
Por
isso é que Paulo analisa em Hebreus 11. 35: “Mulheres do povo hebreu
conceberam pela ressurreição os seus mortos (antepassados), uns foram
torturados (isto é, muitos, vários, indefinida essa quantidade). Apesar de ser
o livramento para se alcançar a superior ressurreição”.
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica
– I D E
Voz do Espírito
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