O passado espiritual de existências transcorridas em outras gerações, só diz respeito à própria
consciência que vivencia essas situações na reencarnação.
Por isso é que, quando os Discípulos do Senhor lhe perguntaram se o "Cego de nascença" estava resgatando pecados de outras
vidas, Jesus foi ético e se reservou de expor as minudencias da preexistência
espiritual do Cego por ele curado (João 9. 2-4).
Mas,
diante do Paralitico de Betesda que sofria há 38 anos, e depois que recebe a cura pelas mãos de Jesus, o Mestre lhe faz severas advertências em particular para não
continuar pecando a fim de não recair em sofrimentos maiores (João 5. 1-14)
O acaso não acontece na Justiça da Vida que é orientada pela
Divina Sabedoria, tudo tem uma razão justa de causa e efeito. E quando Cristo
operava a regeneração do corpo e da Alma, sentenciava o juízo celeste: “teus pecados te são perdoados”, então a Misericórdia Divina liberava
aquela criatura que estava presa aos grilhões das expiações.
O Paralítico de Betesda (João 5. 1 a
14) é um exemplo real deste parecer, estava resgatando o seu carma - o
princípio natural de ação e reação. E como a sua dor tinha um efeito demorado,
pois há 38 anos sofria aquela inibição, e nada fizera naquela atual existência,
fatalmente nascera assim. A causa, naturalmente, remontava um passado de vida
que jazia escondido na preexistência
daquela Alma sofredora. Depois de purificada por Jesus recebeu esta
advertência: Não
peques mais, para não te suceder coisas piores, isto é, expiação mais grave (João
5. 14).
A doutrina do Cristo é todo um código
de comportamento ético-moral: “Não faças a alguém o que não queres para
ti...; Se, porém, não perdoardes aos homens as ofensas que os mesmos cometem contra vós, tampouco o vosso
Pai celestial vos perdoará os vossos pecados... Pai! Perdoai os nossos pecados assim como perdoamos a quem nos tem ofendido”
Elucida com discernimento que a paz de
qualquer criatura tem extrema relação com a boa convivência social, e sempre
finaliza onde inicia a harmonia do seu próximo, porque em tudo isto está implícito "o amor a Deus de todo coração, de todo entendimento; e o amor ao próximo como a si mesmo". (Mateus 6.15 / 7.12 / 18. 33-35)
E no decurso das relações dos povos
existem ações maldosas que perturbam tanto a nossa paz íntima quanto o bem
estar das pessoas. A essas faltas graves que violam os direitos e deveres dos
seres racionais e lesam a consciência espiritual foi que Cristo considerou-as “pecado contra o
espírito (Mateus 12. 31 a 32)”,
que não teria perdão nem na existência presente e nem tampouco naquela que haveria
de ocorrer em outro século, isto é, noutra geração - a analogia da reencarnação;
porque causa no próprio ser infrator, espírito criado à imagem do seu Criador,
desequilíbrio de efeito irreversível nos centros de força da alma.
E para que o ser espiritual não
permaneça em uma situação eterna de sofrimentos indefiníveis na vida além, a
Misericórdia Divina lhe concede no desdobrar dos séculos um novo nascimento no mundo carnal a fim
de que a criatura possa trabalhar a sua própria reabilitação, reedificando a
consciência ferida nos instrumentos desprezados outrora, vide ensinamento do
apóstolo Paulo em Gálatas 6. 7 a 9 Bíblia sagrada:
Porque tudo o que a criatura semear, isso também
colherá... Quem semeia “o mal” na existência carnal, na própria carne ceifará a
degeneração...
E não desanimemos de realizar sempre o bem, porque a seu
tempo ceifaremos “coisas boas”, se não houvermos desfalecido...
Sistemas, órgãos e tecidos do corpo
carnal não é veículo de punição do Ser, e sim organismo vivo estruturado por
milhares e milhares de células que são as “micro-vidas”
utilizadas sabiamente pela Natureza no trabalho salutar de cura, harmonia e
elevação da consciência espiritual para o plano superior celeste.
O bem e o amor é a eterna nota para se
alcançar a felicidade suprema, e quando o Espírito se desequilibra retrai-se em
si próprio gerando o mal, que é necessário regenerá-lo nos ciclos das reencarnações.
Há pessoas que parecem perseguidas por uma
fatalidade, independente da maneira como procedem. Não lhes estará no
destino o infortúnio?
São, talvez, provas que lhes caiba sofrer e
que elas escolheram. Porém, ainda aqui lançais à conta do destino o que as mais
das vezes é apenas consequência de vossas próprias faltas. Esforça-te em ter pura a consciência em meio dos males que te afligem e já bastante consolado te
sentirás. (Fatalidade/
questão 852 em O Livro
dos Espíritos – Allan Kardec)
C É U S
Abrahão Ribeiro
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica
– I D E
Voz do Espírito
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