Ensinamento
de Jesus sobre o Rico e o Mendigo, que após a morte física, se
reconhecem na vida extrafísica do Além
Imortalidade da alma, responsabilidade, memória e
individualidade do ser inteligente na vida além-túmulo
“Havia um homem Rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo
e que vivia todos os dias em regalias e na luxúria. Havia também um certo
mendigo chamado Lázaro que jazia cheio de chagas às portas do Rico. E alimentando-se com as migalhas de comida que sobravam da mesa do rico e que eram direcionadas para o lixo, aonde os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas (ferimentos).
E aconteceu que o Mendigo
morreu e foi levado pelos Anjos (os espíritos do bem) para o seio de Abraão
(cidade espiritual tal qual Nosso Lar, psicografia Francisco Candido Xavier), e morreu também o Rico, e foi sepultado.
E, no Além, o Rico estando em tormentos ergueu os olhos e conseguiu visualizar ao longe Abraão juntamente com Lázaro em outra dimensão mais feliz.
E, no Além, o Rico estando em tormentos ergueu os olhos e conseguiu visualizar ao longe Abraão juntamente com Lázaro em outra dimensão mais feliz.
E
clamando disse: Pai Abraão! Tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro
que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou
atormentado nesta chama (Obs: os tormentos são figuras de linguagem
que expressam a vivacidade dos sofrimentos interiores da consciência culpada
além-túmulo).
Responde
Abraão (na vida além) ao espírito do Rico: filho lembra-te de que
recebeste os bens em tua vida material, e Lázaro somente males, e agora este é
consolado (no plano espiritual) e tu atormentado. E,
além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de maneira que os que
(de cima) quisessem passar daqui para aí não poderiam, e nem tampouco os daí
(de baixo) transpassar para cá.
Questiona
então o Rico: Rogo-te, pois, ó Pai, que o mandes à casa de meus familiares (na
existência carnal), pois tenho cinco irmãos ainda no mundo físico, para lhes
transmitir este testemunho, a fim de que não venham também para este abismo de
sofrimento.
Abraão
chama a atenção do Rico: Eles (os teus familiares na vida humana) têm os
escritos de Moisés, assim também como os livros dos Profetas, que estudem e
obedeçam a esses ensinamentos.
Contesta então o Rico: "Não,
pai Abraão, se alguém dentre os mortos fosse lhes falar estas verdades, certamente
arrepender-se-iam".
Finaliza Abraão o seu diálogo com o espírito sofredor do Rico: "Se não ouvem a Moisés e aos
Profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos
mortos ressurja (no plano carnal para exortá-los ao
arrependimento)".
* JESUS - (Evangelho
de Lucas 16. 19 a 31)
Analisando
as orientações do ensinamento de Jesus, conforme narração acima informando-nos
que, certo homem desfrutou dos bens da existência física doados por Deus, nascendo em ambiente
saudável e rico. No entanto,
não aproveitou o curso das suas provas para a sua evolução espiritual. Esqueceu-se
da fraternidade, foi mesquinho nos ideais.
Não usou
os préstimos da vida para o progresso social; sendo
egoísta, esbanjando os recursos
da vida somente nos prazeres inferiores: festas
e emoções sensuais, pois ele
vivia todos os dias na ostentação da vaidade, do orgulho e egocentrismo.
Não cultivou a simplicidade
da fé; olvidando o principio espiritual do seu Ser, desprezando-os no consumo das
sensações carnais.
Chega-lhe,
no entanto, o dia final da sua vida na carne (encarnação). E espantado,
atônito, defronta-se com a imortalidade do seu Ser num plano de vibrações
energéticas de pesadelo e aflições, pois é a sua própria força mental liberta dos órgãos físicos, sobrevivente, e que passa ao retorno dos
reflexos dos pensamentos infelizes acumulados durante toda a sua vida material.
E atormentado na profundidade da sua consciência ralada de desgostos, não consegue alçar o voo em direção à
luz dos cimos da vida sublimada...
que ele, em momentos de lucidez e inspiração, entrevê deslumbrado no além. Pois está chumbado em meio ao nevoeiro das criações espirituais inferiores que o prendem ainda à vida material extinta. E ali ele permanece indefinidamente para limpar e refazer os centros vitais da alma deturpados na estrutura do ser espiritual, chorando e lastimando-se do tempo perdido
Profundas noções de imortalidade da Alma o Senhor Jesus nos ensina na parábola
do Rico e o Mendigo, e perfeitamente em concordância com a Revelação Espírita,
que reafirma: a morte do corpo carnal não
significa a cessação da existência; e sim
a passagem para uma realidade maior – a sobrevivência da essência espiritual que permanece com todas as funções intelectuais em
perfeito funcionamento: lembrança dos
entes queridos - saudades; coordenação das idéias no espaço; e sentimento das causas e coisas; e noção real de situação.
O Divino
Mestre demonstrou com ilustrações sugestivas que nos Planos Celestes, as
bem-aventuranças são patrimônios íntimos e intransferíveis da
criatura, na meta ascensional para Deus. Por isso fora dado a resposta com
justiça ao Rico desprovido de paz interior, que queria gozar de valores
que ele não conquistara ao longo de sua jornada terrena, como seja:
sugar a aura feliz de Lázaro (Lucas 16.
24-26).
Há um
abismo de forças que separam os que vagueiam em trevas e aqueles que se
purificaram na luta redentora, alcançando enfim a sublimidade da luz divina. E
naquela nova fase da vida, a bênção da harmonia celeste não favorecia a alma do
rico, pois o mesmo fora muito imprudente, simples gozador na vida humana e que
na dimensão extrafísica colhia os efeitos de suas ações negativas.
Não era necessário apenas arrepender-se; e sim se transformar intimamente, por isso era salutar nesse momento que sofresse sem revolta a reclusão a fim de reajustar-se espiritualmente, até que a luz divina brotasse na intimidade do seu ser.
Não era necessário apenas arrepender-se; e sim se transformar intimamente, por isso era salutar nesse momento que sofresse sem revolta a reclusão a fim de reajustar-se espiritualmente, até que a luz divina brotasse na intimidade do seu ser.
A alma do Rico
estava naquela situação de remorso expiatório no astral inferior, não pela sua
condição de ter nascido em berço de ouro; e sim pelo desconhecimento do
bem que ele negligenciara e falta de educação diante dos valores que a
vida lhe outorgara como meta evolutiva para a verdadeira vida - a vida
espiritual.
E numa outra situação
inversa, o mendigo Lázaro que recebera da Providência da Vida a dádiva de uma
existência corporal repleta de aflições e que suportara com
longanimidade o seguimento de suas provações...
e após o
falecimento do corpo físico a sua Alma se vê transportada pelos Anjos (os Espíritos do bem) para as dimensões extrafísicas do
Universo Espiritual, onde reina a harmonia e felicidade do Ser. Isto
demonstra com lógica e discernimento que o sofrimento suportado heroicamente
com resignação nas lutas da existência humana - já purifica a alma para a vida
futura do Além (Lucas 16. 25).
Quanto
àquela dimensão nos planos astrais destinadas às almas recém-libertas dos
fluidos da carne, e que venceram as suas provações dentre o povo israelita,
Jesus ensina nas suas revelações que esta esfera paradisíaca tinha a direção
espiritual de Abraão,
ilustre patriarca hebreu que vivera há 2000 anos antes da era cristã. Mostrando assim a ordem, o aprimoramento e o trabalho que são desenvolvidos pelos seres espirituais na vida extrafísica do além.
ilustre patriarca hebreu que vivera há 2000 anos antes da era cristã. Mostrando assim a ordem, o aprimoramento e o trabalho que são desenvolvidos pelos seres espirituais na vida extrafísica do além.
E no
intercâmbio dos vivos da vida material terrestre e dos redivivos da
espiritualidade celeste, o
Evangelho jamais afirma nestas passagens a sua impossibilidade.
E sim adverte ao aprendiz inexperiente, que qualquer merecimento em matéria de revelação espiritual; urge, primeiramente, ouvir e aprender com os ensinamentos sagrados que iniciam a criatura na vida imortal do espírito, conforme as próprias palavras do Cristo atestam esta condicional: “se não ouvem os ensinamentos de Moisés e dos Profetas (que eram considerados naquela época para os povos hebreus os grandes Mestres do Espírito), como irão acreditar!..., ainda que alguns dos mortos ressurjam diante dos homens, para exortá-los da responsabilidade e justiça na vida além-túmulo! (Lucas 16. 31)”
E sim adverte ao aprendiz inexperiente, que qualquer merecimento em matéria de revelação espiritual; urge, primeiramente, ouvir e aprender com os ensinamentos sagrados que iniciam a criatura na vida imortal do espírito, conforme as próprias palavras do Cristo atestam esta condicional: “se não ouvem os ensinamentos de Moisés e dos Profetas (que eram considerados naquela época para os povos hebreus os grandes Mestres do Espírito), como irão acreditar!..., ainda que alguns dos mortos ressurjam diante dos homens, para exortá-los da responsabilidade e justiça na vida além-túmulo! (Lucas 16. 31)”
Não é
incapacidade do Poder Divino o bloqueio temporário da interação entre os dois
planos de existência – espiritual e material; e sim pelo descaso da
incredulidade humana em não procurar compreender e aceitar os mistérios
instrutivos da existência da alma.
Atualmente, fazendo
um paralelo religioso, além de Moisés e os Profetas temos o Evangelho do
Cristo acrescido da revelação consoladora do Espírito da verdade.
Questionemos
assim, à nossa consciência se realmente estamos ouvindo para entender a luminosa
advertência de Jesus: em Deus toda natureza visível e invisível tem atividade
plena e benfeitora no Universo, porque “Deus não é Senhor de Mortos; mas
dos para sempre vivos (na Terra quanto no além-túmulo) Lucas
20. 38”.
E que na
Antiguidade o fenômeno das aparições dos espíritos de pessoas já mortas (no plano material) era simplesmente designado pelo termo ressurreição (Lucas 16.
31). Isto porque aqueles seres apesar de terem deixado os seus corpos físicos
nos túmulos, continuavam plenamente vivos e conscientes de sua situação feliz
ou infeliz nos planos da existência além, através da essência extrafísica
indestrutível: a consciência espiritual.
Caso
fosse permitido pela Providência Celeste a transcomunicação sensível, visível e
até mesmo tangível entre os redivivos do Além com os vivos da Terra se daria o fenômeno que os povos antigos também batizaram de ressurreição, uma variação das
aparições espirituais.
“Os
Espíritos inferiores compreendem a felicidade do justo”? (*)
Sim, e
isso lhes é um suplício, porque compreendem que, estão dela privados por sua
culpa. O Espírito sofre por todo mal que praticou, ou de que foi causa
voluntária, por todo bem que houvera podido fazer e não fez e por todo mal que
decorre de não haver feito o bem.
Para o
Espírito errante, já não há véus. Ele se acha como tendo saído de um nevoeiro e
vê o que o distancia da felicidade. Mais sofre então, porque compreende quanto
foi culpado. Não tem mais ilusões: vê as coisas na sua realidade. (*) O Livro dos Espíritos – Allan Kardec, questão
975: Das penas e gozos futuros)
http://vozqclamabr.blogspot.com.br/2014/04/interacao-espiritual.html
CÉUS
Abrahão Ribeiro
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica
– I D E
Voz do Espírito
Nenhum comentário:
Postar um comentário