“Não te maravilhes de ter dito: necessário vos é nascer de novo... (João
3. 7)”
Jesus
está revelando uma lei natural e por isso mesmo divina porque rege a existência
dos seres humanos ou, apenas endossando rituais e dogmas religiosos?
Caso
Jesus esteja endossando os rituais e dogmas religiosos com a instituição do
batismo nas águas, sacramento este que o sacerdócio romano a partir do século V
(depois do Cristo), interpretou como sendo o novo nascimento ensinado pelo
Mestre e que estabelece o passaporte para o reino divino; ou, mesmo uma
interpretação abstrata pela mudança de atitude às conversões em crenças e Igrejas que surgiram depois da reforma protestante, a partir do século XVI.
Então
por que Deus concede o livre arbítrio? E permite que a maior parte 99,99% da
humanidade envereda desconhecendo a fórmula de rituais que a faria feliz para
sempre no Reino de Deus? Em contrapartida deixando à mercê do acaso para lançar
essa mesma quantidade no sofrimento eterno do inferno? (O inferno eterno é um dogma propagado nas Igrejas com as reformas
religiosas para intimidar as heresias)
Assim,
então, estes dogmas estão sendo promulgados tarde demais à vida social
terrestre, em virtude dos povos humanos existirem há dezenas de milhares
de anos antes da passagem do Cristo. E, por conseguinte, milhares e milhares de
almas estariam privadas dessa graça divina e sem condições de entrarem
definitivamente no reino de Deus. Tudo, simplesmente, pelo fato de não terem
sido batizadas religiosamente. E com isso o Criador estaria discriminando a sua
própria criação e subjugando as criaturas ao caos do acaso desumano, em virtude
do próprio sacerdócio que organiza as Igrejas, ser uma instituição humana, e
como tudo que é humano não tem a perfeição absoluta. E ao longo dos séculos –
do V ao XIX as comunidades religiosas passaram a maior parte do tempo lutando
entre si (até mesmo de forma sangrenta) pela soberania e projeção econômica,
esquecendo os princípios fundamentais do Evangelho: amor
incondicional, perdão aos adversários, compreensão com todos, trabalhar pelo
bem da humanidade e, conscientização para integrar-se à imortalidade plena.
Logo, se
Jesus está revelando com o nascer de
novo uma lei da natureza, é que
ela existe desde os primórdios da vida universal e não estaria vinculada a
nenhuma falível administração humana, por isso é que o Mestre não fundou seita
religiosa; e sim, vivenciou princípios morais legados em uma Doutrina com base
na fraternidade, demonstrando que Deus é Pai Celestial e a integração com o seu
reino são de natureza plena do espírito (João 4.23-24). E conforme analisa o
Evangelho afirmando que Cristo
publicou os mistérios ocultos desde a fundação do mundo (Mateus 13. 34-35), isto
é, sancionou ao conhecimento dos povos da Terra princípios da Criação que
estruturam a vida dos seres no complexo da evolução para a eternidade, onde os
seres humanos independentemente de raça, cor e religião, todos sem exceção alguma,
estariam sim, sob o influxo de causas e princípios naturais – a
ordem da vida contínua e sucessiva que rege com justiça e equidade a própria
engrenagem da vida.
E desta
forma, determinar à criatura, a necessidade de renascer de novo através da água e do espírito, isto é,
uma síntese dos quatros elementos primitivos: água, ar, terra e fogo como
eram compreendidos por diversas crenças orientais há séculos antes da era
cristã.
Água e ar (atmosfera) possuem praticamente o mesmo
composto básico da matéria prima que é substancial à interação química da
existência no elemento terra, resumo
final da matéria orgânica; fogo é
energia, energia é luz, luz é vida, a representação objetiva do espírito.
Esta é a
simplificação para o conhecimento popular das causas que agem ocultamente com
sabedoria e imparcialidade no seio da Criação de Deus e que movimenta o ciclo
dos nascimentos
sucessivos dos seres por meio dos elementos essenciais que conjugam a
natureza – água e espírito, ou seja, matéria
e vida.
Portanto, é o mesmo princípio da reencarnação
do espírito nos fluidos orgânicos da carne. Ensinamento dos tempos modernos que
prioriza a ordem natural necessária das diversas existências físicas no plano
material, e que proporciona à consciência espiritual (foco imortal do ser) o
mecanismo de crescimento interno para a vida superior celeste – o estado
divino de espírito na consciência do ser.
A Natureza é de natureza cósmica e é regida por reinos: reino mineral, reino vegetal, reino animal, reino hominal, reino espiritual, reino angelical e reino divino – o mais elevado nível de consciência celestial.
A Natureza é de natureza cósmica e é regida por reinos: reino mineral, reino vegetal, reino animal, reino hominal, reino espiritual, reino angelical e reino divino – o mais elevado nível de consciência celestial.
Para se
vivenciar neste complexo de evolução cósmica o princípio inteligente sofre os
nascimentos dentro da natureza dos reinos... Por exemplo: a consciência espiritual encarna no reino humano e, para adentrar o reino espiritual sofre primeiramente a morte natural das funções orgânicas no reino
humano, e assim a consciência entra no plano imaterial - dimensão extrafísica. Mas, para essa consciência espiritual integrar o reino angelical é
necessário sofrer um renascimento, ou reencarnação de natureza superior para
adentrar no reino angelical. Por isso é que, quando Jesus falou da grandeza espiritual
de João Batista enaltecendo a sua natureza humana, naquela época, “dos
nascidos de mulher (reino humano) não apareceu ninguém maior que João Batista. Mas
o menor no Reino dos Céus é maior que ele, e se o quereis reconhece-lo, ele é o
Elias que estava predestinado a voltar conforme a profecia no Antigo Testamento”
(Mateus 11. 1-15). Elias naquela reencarnação na qual se chamou João Batista sofreu
um renascimento de natureza superior para integrar o reino angelical, após a morte corporal da sua personalidade humana quando encarnada como João.
E o anjo
Gabriel testemunhando o momento do renascimento de Elias, na época do Cristo, ou
seja, a sua reencarnação no reino humano na qual se chamou João Batista... também
realçou à Zacarias - genitor de João: "porque será grande diante do Senhor... e será cheio do Espírito santo JÁ desde o
ventre materno (Lucas 1. 13-17)”
O Próprio
Jesus espirito de puríssima ordem divina no Reino Celestial do Pai Criador, para
vir ao reino humano e nascer como Filho do homem deixou temporariamente o seu
plano celestial e nasceu aqui no planeta Terra como participante interativamente
do reino humano, senão o Cristo não se qualificaria como “Filho do homem”. Vejamos
o que Jesus falou de si mesmo: “sai do Pai e vim ao mundo, outra vez deixo o
mundo, e vou para o Pai” (João 16. 28)
do
livro: C É U S
autor:
Abrahão Ribeiro
Intensivo de
Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
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