sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

MUNDOS PRIMITIVOS, CÉUS




Alvorecer da humanização dos espíritos



    Existência totalmente animalizada, humanidade primitiva, selvagem (idade da pedra), destinados às primeiras encarnações da Alma - a essência imortal da vida, que terá de desenvolver-se através da luta material a fim de adquirir níveis de consciência espiritual.  


   A ciência terrestre acanhada em suas observações físicas a respeito do Universo da Criação Divina, ainda não assimilou no livro da existência o sopro imortalista em todos os aspectos da vida na natureza cósmica. Nada se perde, pois tudo se transmuta no complexo da evolução. Analisemos a co-criação do homem tirando profundas ilações com a matéria inerte, que é utilizada para as suas invenções individuais.
         O homem constrói mecanismos diversos, mas a máquina projetada só realmente funciona com a corrente elétrica, que por sua vez se encontra em grande quantidade na usina de força, e que é haurida nos recursos da natureza. A energia elétrica seria a alma funcional de toda aparelhagem e tecnologia humana.


    Naturalmente, a planta que nutre o meio ambiente de oxigênio fornecendo ainda à vida humana frutos gostosos e recursos outros de auxilio a sua organização, não é apenas um condensamento de forças inativas. Pois existe a seiva da vida interiormente na substancia da raiz interligando caule e folhas, e que é imperceptível aos olhos físicos; mas que sobrevive a qualquer ação e desgaste da própria matéria.

    Os animais que se movimentam e que no concerto da vida humana são preciosos auxiliares e muitas vezes parecem entender o mundo dos humanos, e no final de suas existências servem silenciosamente suas fibras e carnes para alimentação, vestes e consumo. Não são apenas um amontoado de células que se desenvolvem sem nexo. Por trás daquela massa biológica existe a alma vital extrafísica, sobrevivente ao aniquilamento do corpo e que é reaproveitada no curso da evolução em novas formas de vida pelos poderes divinos da natureza.


     Tudo que tem vida hauriu sua Alma vital na Natureza Universal, que por sua vez está centrada em Leis Divinas que obedecem à soberana vontade do Criador Celestial de todas as coisas, através de fluidos insondáveis à percepção humana. 


     E todas as formas de vida que se desenvolveram e ainda evoluem na crosta terrestre, foram previamente previstas e elaboradas pela Inteligência Divina. O homem não criou a massa atômica da matéria. Na verdade, tomou conhecimento com seus estudos através da Natureza, a copiar as diversas associações químicas de elementos e fluidos formados por Deus para a evolução e grandeza da vida. 



      Os elementos vitais do princípio, e que depois se transmutaram para uma fase de vida material mais melhorada: a das Almas viventes, e que por sua vez cresceram seguindo a escalada evolutiva para adquirirem o raciocínio, aportam no ciclo primitivo num sistema de vida sub-humano, bem próximo da animalidade irracional sem cultura intelectual; pequeno na inteligência e carente de valores morais. Porém, não são criações surgidas a esmo; e sim, seres em desenvolvimento da inteligência. Inúmeros degraus de existência se intercalam na formação dos seres desde a fase primitiva até à conclusão superior de sua perfeição e, dificilmente identifica-se nos espíritos já glorificados na luz divina, o que foram esses seres no ciclo da vida inferior; do mesmo modo pelo qual no homem adulto não se reconhece o embrião dos primeiros dias de gestação. 
           
     O panorama da vida material transforma-se gradativamente com o passar das eras. Pois as forças da matéria evoluem e as paisagens se modificam, a Natureza é o laboratório invisível da criação de Deus. E a Providência Divina trabalha ocultamente no seio dessa natureza operando o progresso e a ordem das causas. Os seres que vivem os primeiros estágios de vida nos mundos primitivos, não estão abandonados ao acaso total da ignorância, e o Criador lhes destina as luzes do aperfeiçoamento moral e intelectual através do tempo. Na verdade assemelham-se a crianças na fase do jardim de infância, carentes de crescimento e maturidade, pois os povos possuem no espaço e tempo suas idades evolutivas para formação espiritual de consciência cósmica.
       As Almas da fase primata do período paleolítico mudaram de roupagem através das eras se revestindo em: povos selvagens; povos bárbaros; povos degenerados; povos semicivilizados e finalmente povos civilizados; e num porvir glorioso...  se revestirá de corpos mais radiantes e sutis.  Nos milênios do porvir o homem terá perfil e caráter angelical.
  

      O orbe terrestre há muitos milhares de anos passados viveu a sua fase de Mundo Primitivo no concerto cósmico, quando os povos primatas campeavam livremente pela crosta planetária. E todos os mundos materiais que giram no infinito, e que hoje já alcançaram o ciclo superior de perfeição moral e intelectual; um dia, na aurora dos tempos de suas formações siderais, quando suas humanidades estavam sendo criadas, também passaram nas fases inferiores da existência.
                                                                               
      É lei da natureza que o progresso é destinado a tudo e a todos. Diz as Escrituras Sagradas: crescei e multiplicai-vos. Se os povos terrestres, no princípio, apenas se multiplicassem sem a luz da ciência; do conhecimento; da evolução; e da ascendência do espiritual sobre o material, - o Mundo todo estaria na mesma idade da pedra e seria um vasto império tribal. A força animal sobrepujando os valores intelectuais. Logo, vemos no verbo crescer a ideia filogenética de desenvolver-se, evoluir espiritualmente para o Céu da Vida, que quer dizer: inteligência, conhecimento, razão, amor. 


     Os primeiros povos da Terra carentes de conhecimento, da moral, da indústria, e que passaram na história humana de forma bem próximo da animalidade instintiva tiveram a sua razão justa de ser no carreiro da evolução.
        Nós que nascemos na atualidade com idéias modernas e que atravessamos uma existência desenvolvida em tecnologia, não somos privilegiados da Providência, apenas trazemos conosco as experiências adquiridas através das eras.


     As humanidades no Cosmo de Deus são solidárias. E o auxílio para os povos primitivos terrestres vem dos Céus. Rezam as tradições bíblicas: “que numerosas legiões de Espíritos decaídos de um paraíso celestial foram alojadas por ordem da Providência Celeste, na crosta extrafísica das dimensões inferiores da Terra (astral expiatório), e ficaram reservados para acerto dos tempos finais dos ciclos evolucionais terrestres (II Pedro 2. 4  e Epístola de Judas 1.  6)”.  
                                                         
     As raças adâmicas; isto é, seres de grande inteligência; mas desobedientes à moral, à fraternidade, ao bem e que foram banidos de Capella, orbe planetário da constelação celeste do Cocheiro, mundo que no espaço e tempo cósmico havia alcançado a categoria de Regeneração.
      
     Esses seres espirituais foram transmigrados pelas dimensões extrafísicas do Universo e ambientados fluidicamente em uma nova morada planetária: a crosta espiritual do mundo terrestre primitivo; isso há milhares de anos antes da era cristã.


    E no curso dos séculos que se desdobram, esses anjos decaídos” dos Céus, ficaram reclusos em cadeias magnéticas no plano astral para sofreram as encarnações na vida material terrestre em meio aos povos tribais descendentes dos primatas, a afim de que com o auxilio que prestariam renascendo num mundo inferior, onde a civilização terrestre estava na fase da pedra, ajudando desta forma no progresso dos valores intelectuais da inteligência dessa nova humanidade em formação, e também com essa ação purgativa se redimissem do tempo mal aplicado no mundo de Capella.


       E no desdobrar das eras inicia-se um novo ciclo de evolução para a Terra primitiva. A história está fértil de relatos das lutas, sofrimentos, trabalhos, aprendizados que a nossa humanidade despendeu da época remota até o momento atual. A evolução é trabalho dos séculos incontáveis; e assim, as raças adâmicas com muita labuta edificaram nas eras do astral terrestre a base das grandes civilizações antigas, espelhando também o modelo das sociedades do futuro a começar pela Atlântida, a região sumida do mundo antigo e de onde emigraram para outros continentes em que as terras das Américas guardam também seus vestígios no México e também no Peru. Mas a maioria dessas legiões de espíritos degredados estabeleceu-se em regiões da Ásia e África, submetendo-se assim ao círculo das sucessivas reencarnações purificadoras para compor os seguintes povos: a civilização do Egito; o povo Hebreu; o grupo dos Árias que originou as castas da Índia, e de onde saiu a ramificação para a família indo-européia - Escola Grega e Império Romano.



     As condições de vida social do orbe Capella no tempo em que sucedeu a transmigração astral eram superiores ao panorama terrestre atual. E os seres transmudados desse plano guardavam na sua intuição vaga lembrança da situação pregressa, tecendo um poema sagrado dessas recordações da vida extraterrena.
                                                                       
        Os egípcios cultuavam a morte como se fosse a porta de acesso para o regresso à pátria sideral no infinito. E tanto lhe martirizavam o estágio terrestre primitivo que criaram a metempsicose, crendo que a alma humana poderia encarnar no corpo de um irracional por ação punitiva da Natureza Celeste. Na verdade, o Ser não regride na sua consciência espiritual, a alma que já adquiriu a razão humana não poderá voltar a habitar num corpo de um animal. Pode sim, ocorrer uma estagnação por displicência do Ser em rejeitar os valores de aprendizado, contraindo reajustes no tempo ao invés de caminhar para o alto – para Deus. Mas a lei do progresso traz o efeito educativo da reencarnação, funcionando o aguilhão da labuta para acordar criaturas distraídas à margem da caminhada para a eternidade.  Assim, Seres que desfrutam do ciclo da civilização numa determinada existência, e que são responsáveis de levar a vanguarda do progresso aos povos incultos, e que ao invés da educação subjugam com desmandos; com autoritarismo e opressão resultando na anulação do livre-arbítrio das massas consideradas ignorantes. Esses Seres, por sua vez, experimentarão os reveses da forma física em outras gerações reencarnando no seio desses povos rudes tal como ocorreu na Terra; ou, em outros orbes materiais de natureza inferior a fim de que aprendam os nobilíssimos princípios da fraternidade universal.               
                                                
     Os espíritos exilados às margens do rio Ganges e que formaram as organizações hindus há mais 6000 anos antes do Cristo, guardavam igualmente suas lembranças cultivando as lendas de um mundo oculto no qual batizaram de Lemúria. Esse povo, grande em inteligência, porém fraco na moral, e no seu egoísmo desmedido consideravam-se uma raça superior na Terra surgindo com isso o separatismo das castas sociais elegendo-se em falsos conceitos de aristocracia, criaram sistemas anti-fraternais de repulsa aos povos nativos que eram tidos como lixos da sociedade. Entre os arianos, aqueles que não tinham afinidades às idéias religiosas, e que se revoltaram da situação de degredo correram os continentes em busca de emoções; de terras desconhecidas. E no escoar de séculos e migrações sucessivas através de planícies agrestes partem para novas aventuras descobrindo bosques e encostas em regiões que no porvir seriam conhecidas como o vasto continente europeu, onde lançam as bases das futuras civilizações da Grécia e consequentemente do Império Romano.    

         Cristo, o verbo divino da evolução planetária terrena, recebeu os espíritos degredados de Capella antes de penetrarem nas vibrações da matéria densa, dividindo-os por afinidades psicológicas e lhes designando as suas provas e provações que se desdobrariam na Crosta selvagem do planeta Terra. Assim, dentre eles, os que possuíam na alma características de crença na unidade criadora e divina diante das forças da natureza, formaram a nação hebraica, apesar de serem povos extremamente orgulhosos e se julgarem os eleitos exclusivos da Divindade. Mas a confiança das lideranças religiosas daquelas tribos na existência de um Criador Celeste era bastante convicta, que sofreram provações para se firmarem no concerto terrestre o exemplo de fé inabalável nos caminhos da luta material. E através desses povos, a Providência Divina enviou alguns emissários celestiais para despertar a humanidade, principiando por Moisés que se fez portador da primeira revelação divina; depois se sucederam os profetas descortinando os horizontes da vida espiritual.

       Nessa plêiade de emissários do bem e da verdade, faz parte Crisna e Buda para os povos hindus; Sócrates e Platão para os gregos e romanos; Fo-Hi, Lao-Tsé e Confúcio também são legítimos mensageiros da sabedoria divina diante das civilizações da China. E mais tarde, quando a humanidade se fazia merecedora de maiores esclarecimentos espirituais, o próprio Cristo, mentor celeste da humanidade terrena, escolhe a linhagem do povo hebreu para se manifestar no plano físico. Revelando assim a todas as almas que evoluem na crosta e camadas extrafísicas do planeta: a luz do Evangelho redentor, a maior mensagem de amor e fraternidade que integra o Ser nos céus da vida cósmica.
                   
      Entre os Hebreus, as tradições do paraíso perdido nos horizontes celestiais passaram de gerações a gerações até que ficassem arquivadas nas páginas sagradas das Escrituras. E só para concluir, lembramos que a Bíblia menciona nas suas entrelinhas que: “os Filhos de Deus, isto é, originários de outra constelação celeste do Cosmo, cruzaram suas raças com as formosas Filhas dos Homens, ou seja, os descendentes dos povos primitivos da Terra, gerando assim os desbravadores da antiguidade dos povos terrestres (Gênesis 6.1 a 4)”                                                   

   “Considerando a Terra por termo de comparação, pode-se fazer ideia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes na condição das raças selvagens ou das nações bárbaras que ainda entre nós se encontram, restos do estado primitivo do nosso orbe. Nos mais atrasados, são de certo modo rudimentares os seres que os habitam. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos não têm a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem as noções do justo e do injusto. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e de invenções, passam a vida na conquista de alimentos. Deus, entretanto, a nenhuma de suas criaturas abandona; no fundo das trevas da inteligência jaz, latente, a vaga intuição, mais ou menos desenvolvida, de um Ser Supremo. Esse instinto basta para torná-los superiores uns aos outros e para lhes preparar a ascensão a uma vida mais completa, porquanto eles não são seres degradados, mas crianças que estão a crescer. (Capítulo III, item 8 / Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec)”
    C É U S
        Abrahão Ribeiro

 Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
    Voz do Espírito

        consultar as seguintes obras:

Bíblia Sagrada – edição João Ferreira de Almeida

A Gênese – Allan Kardec

A Caminho da Luz –  psicografia Francisco Candido Xavier, espírito Emmanuel

Universo e Vida - psicografia Hernani T Santanna, espírito Áureo

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