O mistério da vida revelado
“Abrirei em parábolas a minha boca, e
publicarei mistérios ocultos desde a fundação do mundo...
(Mateus 13. 35)”
Jesus, o
sublime mensageiro da verdade eterna, desceu das dimensões superiores do cosmo
celeste às sombras da Terra para iluminar os caminhos humanos dentro das causas
divinas que regem a vida no concerto cósmico. Da manjedoura ao calvário, o
Divino Mestre ensinou e vivenciou princípios que elevam o Ser espiritual ao
convívio direto com o Pai Celestial, jamais
endossou dogmas das organizações religiosas que escravizam as criaturas em
tradições do culto externo, desfazendo idolatrias que cultuam a Deus na
figuração material localizada das produções, esculturas e dogmas propriamente
humanos (João 4. 20-21).
Jesus, então,
demonstra que Deus é Espírito. E, por ser Espírito é a verdade e vida a que sustenta toda
criação universal. E como Espírito,
somente em espírito importa ser reverenciado de verdade (João 4. 23-24), ou
seja: no templo vivo de nossa consciência; nas entranhas do nosso coração e em
todos os momentos de nossa existência.
Somente assim poderemos estar
habilitados para unir-nos definitivamente ao universo supremo da vida eterna em
Deus. Mas, até alcançarmos a excelência da pureza ou, santificação do
espírito para contemplarmos a Deus no seu todo universal (João 17. 22-23),
seremos submetidos pela Providência Celeste ao crescimento educativo através de
diversas existências físicas nos mundos materiais do infinito.
Perante Jesus –
divino educador da alma humana, um certo doutor em teologia das Escrituras
sagradas do Velho Testamento e que se chamava Nicodemos, e que tinha anseios de
saber os mistérios da vida celestial que se desdobra no Universo, ouviu naquela
noite solene a confirmação real sobre os nascimentos sucessivos do Ser por meio
dos elementos da natureza Água e Espírito a fim de ter a condição necessária de poder entrar nas dimensões
puras do Reino Celeste e Divino (João 3. 1 a 12).
A perplexidade
daquele doutor em: “como isso seria possível?!”
Mereceu com
sensatez a advertência construtiva do Cristo: “Tu és mestre em Israel e
ignoras estes princípios?”
Por que Cristo fizera essa observação a Nicodemos,
chamando-lhe a atenção do seu desconhecimento, sobre a necessidade de renascer de
novo?
Nicodemos além de doutor em religião ministrava altas funções
sacerdotais na corte eclesiástica no Grande Templo de Jerusalém - o Sinédrio (fato este que lhe dava o título de príncipe
entre os judeus), e no seio da crença farisaica era comum acreditar-se
também na imortalidade da alma.
O Divino Mestre
Jesus estava apenas chamando a atenção de outro mestre - o israelita, para que
ele tomasse conhecimento dos ensinamentos que JÁ eram compreendidos por diversos mentores de várias
religiões da antiguidade (vedismo, bramanismo, hinduísmo, budismo, esoterismo,
essênios e cabalas) e que constavam no livro sagrado da maioria das
civilizações primitivas: hebreus, egípcios, caldeus, persas, gregos, chineses,
hindus...
“Vidas
passadas, preexistência do ser, transmigração da alma, palingênese,
ressurreição na carne, reencarnação, sintetizando o nascer de novo...” Já eram ensinamentos ministrados por vários
mestres da espiritualidade antes da era cristã”.
A palingênese (termo grego – palin: de
novo e gênesis: nascimento), isto é, o ser
(espírito) passar pela série de renascimentos possíveis através da matéria
orgânica (água), até alcançar a perfeição espiritual para poder ingressar no
plano de consciência celeste mais elevado – o reino divino.
Nicodemos
estava pasmo: como o homem poderia voltar e renascer outra vez?
Jesus esclarece
as suas dúvidas: Não é o homem que renasce e sim o Ser, através da matéria e do
espírito. Haja visto o termo Água nos tempos da antiguidade designar o
elemento básico da natureza material. Logo, o homem com a sua morte
corporal deixa de existir fisicamente, mas a sua consciência espiritual
permanece e em forma de energia sobrevive no plano extrafísico. E assim, no espaço e tempo da evolução humana
a alma ou espírito é que renasce na
existência física em outras gerações para um novo aprendizado.
Jesus,
então cientifica um novo nascimento como uma lei natural de aperfeiçoamento
moral e intelectual necessária a todos que almejam o ingresso definitivo no
mais alto estado de consciência cósmica – o reino celeste, quando define: Aquele
que não nascer de novo... E, necessário é que renasças novamente para
entrardes no Reino Divino.
Ainda hoje,
como ontem, diversos doutores em teologia, sacerdotes de variados credos,
pastores de almas, todos são eloquentes em querer negar o princípio natural de Justiça
Divina – a reencarnação; e pontificam de suas cátedras: “ou alma vai para o
céu, ou toma direto o caminho sem retorno e para sempre do inferno”.
Muitos louvam a sabedoria divina e se perdem em idéias infantis quando querem
elucidar os problemas da dor, do destino e da evolução colocando o Ser sob o
efeito inconsequente do acaso. Outros pregam que Deus é amor, luz e justiça com
equidade; mas sem entenderem as causas supremas como Deus age na natureza,
interpretam tudo sistematicamente pelos dogmas do mal.
E assim como o
vento assopra fluidificando a oxigenação ambiental (nesta comparação em João 3.
8 Jesus revela que para o espírito não há limites de tempo e espaço, pois
é um ser imaterial que pode submeter-se aos renascimentos sucessivos na matéria
orgânica até mesmo em outros planos astrais da infinita criação
divina). Assim o espírito também se renova para a vida
eterna e, com a permissão da Providência Divina se move no extrafísico, e em
forma de energia é acoplado no ventre sagrado da Mulher para a geração da vida
física e evolução da espécie humana que se funde através de células extraídas
do sêmen masculino + óvulo
feminino e que tem toda a sua estrutura molecular constituída em substâncias
líquidas transmutadas em um seio simples de água, ou seja: a matéria-prima no
plano terrestre que forma o organismo físico dos Seres vivos. A Ciência
comprova, atualmente, o feto sendo
formado no útero em uma bolsa d’água.
Ao longo dos
séculos, interesses materiais diversos têm procurado desviar o sentido moral de
alguns dos ensinamentos que Cristo legou através do seu Evangelho aos povos
terrestres. Criou-se o sacerdócio organizado em convenções puramente humana,
incapaz de discernir a essência universal das palavras do Divino Mestre que tem
como objetivo principal libertar, consolar, esclarecer, fraternizar e iluminar
a criatura integrando-a na paternidade divina do Criador Celestial, que utiliza
o sistema natural da reencarnação, ou renascimentos sucessivos no plano
material para: criar, corrigir, educar e aperfeiçoar a consciência espiritual e
interior do ser.
A vida não é obra
fortuita do acaso, e sim organização de princípios naturais preestabelecidos
por Deus – o Criador, desde a fundação do Universo. E as criaturas não surgem
espontaneamente no tempo, porque são idealizadas como seres, dotadas de
inteligência... Criadas progressivamente através de nascimentos sucessivos na
natureza universal da criação material e espiritual de Deus, até a perfeição
plena do espírito imortal.
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
Voz do espírito
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