quinta-feira, 30 de outubro de 2014

MORTOS VIVOS




          
          “E (Jesus) disse a outro seguidor: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor; consente que primeiro eu vá sepultar o meu pai. E Jesus lhe observou: deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém, tu,VAI e anuncia o Reino de Deus” (Lucas 9. 59 a 60) 
            Era tradição nos tempos da antiguidade o pranto inconsolável de seus mortos por 40 dias seguidos - se martirizavam com lamentação e mortificações corporais, dependendo da personalidade poderia estender-se por 70 dias. A perspectiva da vida além túmulo era muito imperfeita, como acontece ainda hoje com a maioria das religiosidades terrestres que admitem o nada pós morte.
          A maioria dos templos religiosos da fé cristã parece que estão mais preocupados com as exterioridades dos valores materiais, do que formar conceitos para a espiritualidade celeste.
         Jesus chegou transformando costumes, crenças, tradições, vivência, espiritualidade, moral...  Nas palavras e nas ações: “Vem a hora, e já é chegado este momento, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão” (João 5. 25).
      A dinâmica da mensagem de Jesus é a imortalidade plena da alma após a transição além-túmulo, porém essa força ativa tem que está a serviço das obras de Deus, na criação. O Divino Mestre sempre se preocupou em descortinar à mente humana os horizontes da vida contínua que se desdobra em dimensões espirituais, para além da materialidade terrestre:
  a) Ele mesmo convida os apóstolos mais perceptíveis à sua causa e se comunica no monte Tabor com Almas ilustres de ancestrais de sua raça, há seculos já trespassados além-túmulo para outros planos extrafísicos existenciais do universo - os espíritos de Moisés e Elias  (Mateus 17: 1 a 13);
  b) No extremo momento de seus exemplos edificantes sobre a imortalidade integram-se os planos de energias dos mundos físico e espiritual e, entes redivivos reaparecem testificando suas sobrevivências além-túmulo, após extinção do corpo carnal (Mateus 27. 51 a 53); 
  c) E demonstrando compaixão para com criaturas da era primitiva que vagavam em trevas depois da morte do corpo físico, ele o Cristo, dirige também a sua palavra salvadora para essas Almas presas mentalmente aos sofrimentos abismais do astral ( 1 Pedro 3 . 18 a 20)( 1 Pedro 4. 6) (Lucas 8. 28 a 31);
            
                                         
       O intento do Cristo ao advertir o seu companheiro lacrimoso que lhe pede o favor de primeiro sepultar o corpo de seu pai falecido, para depois segui-lo, era: VAI fazer esse ato de piedade filial ao lado dos familiares. Mas, que não se corrompesse com as idéias do materialismo destruidor daqueles que se compraziam, na época, em descrer nas grandezas da vida eterna. E que aproveitasse essa oportunidade benéfica entre os seus conterrâneos para anunciar as verdades novas do Reino Divino, que ele Jesus estava trazendo a todos os povos da Terra.

             O Mestre não articulou ao discípulo indeciso a palavra fica aqui em nosso meio. E ao concordar alertou-o para os deveres fraternais: VAI, e também anuncia a boa nova do reino aos parentes que não criam na vida plena e harmoniosa após o cessar da vida material, e que não entrasse em desânimo obsessivo daqueles que deixam inumar as suas esperanças, juntamente com o sepultamento de um corpo que retorna ao pó da terra pelas leis da natureza.

          O momento que envolve o velório de um ente querido as pessoas ficam mais acessíveis e favoráveis à semeadura das idéias consoladoras da imortalidade da alma, e da renovação das atitudes no bem perante a vida. Eis um instante propício para vibrar pensamentos positivos para aqueles que estão desalentados.
     Com a revelação consoladora da espiritualidade aprendemos que nascimento e morte são fases intensas de despertamento da alma para a vida eterna.  Pois no Universo de Deus só existe vida, e vida intensamente inteligente em várias extensões de planos mentais. O orbe terráqueo funciona como o primeiro degrau na escalada infinita para os Céus (Mateus 5. 34 a 35).

             Deus não é Deus dos mortos; MAS DOS VIVOS, tanto da face da Terra, quanto do Além para além dos limites dos túmulos, proclamou Jesus em outra ocasião, vide Lucas 20:38. E essa vida que Deus irradia e quer doar a todos os humanos é de atividade plena em amor, em trabalho, em beleza, em perfeição e felicidade em todas as dimensões visíveis e invisíveis, materiais e imateriais em que ela se manifesta com fulgor em múltiplos Céus da criação cósmica (1 Colossenses 1. 16).
            Muita gente tá respirando normalmente na existência material, mas está desfalecendo suas esperanças para a Vida Superior a desdobrar nos Céus do infinito espiritual, porque age num clima cadavérico de sentimentos nocivos e impuros achando que a vida prende-se apenas às energias materiais. E suas ações negativas acumulam efeitos geradores de sofrimentos expiatórios para os planos astrais que se transmutam após o findar da existência física, tal qual o Rico da parábola de Jesus, em Lucas 16. 19 a 31.
           
            O que Jesus quer proclamar a todos nós é a vida plena e feliz, que pode florir tanto na Terra o quanto é vivenciada nas bem-aventuranças dos Céus. Mas, para alcançarmos o seio imaterial dessa existência exuberante é mister enterrarmos sentimentos nocivos do nosso passado a fim de que possa desabrochar para sempre a luz do espírito divino no âmago de nosso ser imortalizado em Deus.
                           
                                                  Boa Nova Celestial                                      Abrahão Ribeiro

Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito
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