Na boa nova de Jesus não existe orientação doutrinária para se cobrar dízimos nas casas de oração. Analisemos Mateus 6. 19 a 34; e Mateus 10. 7. 10/ eis o texto, na integra: "E indo, pregai, dizendo: é chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios - de graça recebestes, de graça dai. Não arrecadeis ouro, nem prata, nem cobre em vossos bolsos".
E, o Mestre teve atitude até mesmo de censurar a cobrança exorbitante dos dízimos nas congregações dos religiosos sistemáticos que seguiam a lei do Antigo Testamento - Mateus 23, 23 "Aí de vós dissimulados pois cobrais dízimos até da hortelã, do endro, e do cominho" ou seja, simples temperos culinários que eram usados na alimentação diária e que sofriam as cobranças de taxas do dízimo; no entanto, esclareceu Jesus: vocês desprezam o mais importante da lei: a justiça, a misericórdia, a fé... Deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas... Isto é, cobrais o dízimo... Porém, não esqueçais de praticar as virtudes: a fé, a justiça, a misericórdia, a caridade...
Sintetizando conforme orientação de Jesus: não se deve usar remendo de tecido novo em vestido velho, e nem tampouco misturar em vinho novo odres velhos (Mateus 9. 16 - 17) em outras palavras: a fé racional tem que ter a graça e a verdade libertadora do Cristo, e não o jugo do regimento do Antigo Testamento - Gálatas 5. 18
Percebe-se no texto que Jesus estava contrário a essas atitudes religiosas de se taxar dízimos exagerados sem, no entanto, praticar o real sentido da fé: a justiça, o amor, a caridade, a misericórdia.
AGORA, com Jesus inaugura-se um novo tempo espiritual: a boa nova da graça de Deus: "de graça recebestes, de graça dai" - Mateus 10. 7 a 10.
No entanto, os Apóstolos acolhiam as ofertas, porém, eis a sua finalidade cristã: doações voluntárias para ajudar cristãos pobres e necessitados - Atos 2. 45 e Atos 4. 34 a 35, I Corintios 16. 1 a 4 e II Coríntios 8. 1 a 14
O evangelho não orienta: que as ofertas eram pra ser realizadas com a finalidade de assegurar direitos trabalhistas de missionários da evangelização que, por sinal: é a causa do reino de Deus entre os humanos. E diante do desprendimento da conduta cristã, os missionários da causa evangélica são qualificados no Novo Testamento das Escrituras como seguidores de Jesus - Lucas 9. 23 *
E, segundo a recomendação do apóstolo Paulo: o Missionário das causas de Jesus deve trabalhar com dignidade em algum ofício para fazer Jus ao seu próprio sustento doméstico - Atos 18. 3 e, II Tessalonicenses 3. 6 a 13
Você sabia: Que Jesus não possuía recursos financeiros para divulgar a sua mensagem de luz e amor !? (Lucas 9. 57 a 58)
E que trabalhou honestamente em uma oficina de carpintaria...
E viveu dando de graça as riquezas divinas no coração e na mente: o amor, a solidariedade, a virtude, a saúde, a sabedoria, a fé, a esperança, a consolação, o esclarecimento, o perdão, a salvação moral da alma, os bens celestiais, os dons da imortalidade plena com Deus.
Advertiu Jesus à comunidade evangélica, o imperativo do desapego das coisas materiais como prioridade edificante em sua mensagem celeste: "trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna" - João 6. 27
"Nada trouxemos para este mundo... Nada podemos levar dele... Mas, os que buscam riquezas temporais caem em tentação e em laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas. Porque o amor e apego ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males. Mas, tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a caridade, a paciência, a mansidão" - I Timóteo 6. 7 a 11
Não podeis servir a Deus e a Mamom (riquezas deste mundo) Mateus 6. 24, ou seja, na obra de Deus deve-se evitar a ganância, a cobiça e os interesses comerciais, tendo em vista ser um trabalho de serviços voluntários sem vínculos profissionais que se realiza pela boa-vontade, pela fé, com amor, e com o objetivo sincero de desenvolver-se espiritualmente para o plano celeste, através da doação de si mesmo nas conquistas interiores dos valores virtuosos no bem. Que a nossa recompensa na obra de Jesus venha de Deus e não dos homens (Colossenses 3. 23 a 24).
Ajuntai para vós tesouros nos Céus... (Mateus 6. 20)
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